A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deve prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quinta-feira (26). A oitiva ocorrerá na ação penal na qual a parlamentar e o hacker Walter Delgatti são réus pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
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Em maio deste ano, Zambelli e Delgatti viraram réus após a Primeira Turma do Supremo, por unanimidade, aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa a deputada de ser a autora intelectual da invasão para emitir um mandato falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Nesta segunda-feira (23), foram realizados os primeiros depoimentos de testemunhas arroladas pela PGR e de defesa. As oitivas foram presididas pelo juiz Rafael Henrique, auxiliar de Moraes, relator do processo.
As testemunhas disseram que não receberam pedidos da deputada para fazer pagamentos a Delgatti ou para realização de atividades de hackeamento.
O ex-assessor parlamentar de Zambelli na Câmara dos Deputados, Jean Hernani Guimaraes Vilela, negou que a deputada tenha indicado o nome do hacker para realizar a gestão das redes sociais do gabinete e afirmou que não tinha conhecimento de que ele exercia atividades ilegais de hackeamento.
"Não sabia que Walter era a pessoa que era. Só estourou na mídia meses depois", declarou.
A deputada e o hacker respondem pelos crimes de falsidade ideológica e invasão a dispositivo informático.
O depoimento de Delgatti também deve ser realizado na próxima quinta-feira (26). Ele está preso em uma penitenciária de Araraquara (SP) e é réu confesso.
A defesa de Carla Zambelli sustenta que não há provas de que a parlamentar tenha incentivado o ataque hacker ao sistema do CNJ.
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