O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que há possibilidade de que novas ferramentas digitais já sejam utilizadas no pleito de 2022, como plataforma de voto online e reconhecimento facial. "Se for possível, poderemos adotar já nas próximas eleições, vamos avaliar", disse. A declaração foi dada durante visita ao projeto Eleições do Futuro, em Valparaíso (GO), neste domingo (15).
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No projeto, empresas de tecnologia puderam testar inovações para o sistema eleitoral. Segundo ele, o eleitor poderá utilizar seu próprio celular para votar, mas ainda terá de comparecer ao colégio eleitoral.
"Ainda não há tecnologia que permita assegurar que o cidadão não está sendo coagido, com o patrão ou o coronel atrás, então provavelmente ele terá que ir presencialmente votar", explicou.
O TSE troca cerca de 20% das urnas a cada pleito. "Precisamos encontrar soluções mais baratas", justificou.
Sobre os ataques recentes de hackers ao sistema do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e outros órgãos públicos no início de novembro, o ministro disse "que não está tranquilo", mas garantiu a segurança do processo eleitoral.
"Se perguntar se estou tranquilo, não estou. Mas acho que nem o Pentágono ou a Nasa estão 100% tranquilos", ponderou.
Instabilidade no e-Título
A respeito das dificuldades relatadas pelos eleitores, neste domingo (15), ao tentar acessar o e-Título, plataforma digital que substitui o título de eleitor, Barroso atribuiu a instabilidade à demora dos eleitores. "Deixaram para baixar em cima da hora", alegou.
"O brasileiro deixou para baixar o aplicativo hoje, então foram milhões de acessos ao mesmo tempo. Pedimos que todos fizessem o download antes, mas peço que insistam", acrescentou.