Uma das vítimas do atentado a tiros ocorrido em uma festa na orla de Paripueira, na Grande Maceió, conversou com o TNH1 na manhã desta segunda-feira, 17, e relembrou os momentos de tensão vividos no início da noite de domingo. Foram diversos disparos de arma de fogo que resultaram na morte de uma pessoa. Também houve correria do público que tinha ido aproveitar o evento realizado em um campo aberto próximo à praia, e ao menos quatro pessoas ficaram feridas. O sobrevivente, identificado apenas como Gabriel, explicou para a reportagem que foi baleado no ombro, e passa bem.
LEIA TAMBÉM
"Eu estava com amigos e, antes de perceber a correria das pessoas, me agachei para pegar água. Aí foi tudo muito rápido, a correria, o barulho, e aí já senti que tinha sido atingido. Fiquei à procura de abrigo e sentei no chão. Dos meus amigos, que estavam próximos, apenas eu fui baleado. A bala pegou no meu ombro, mas estou bem. Aí um amigo deu ré no meu carro e me levou para o PAM", iniciou a vítima ao destacar que foi direcionado ao PAM Raquel Vasco, unidade de saúde do município.
"Estava muito cheio lá, e aí meus familiares quando chegaram já me levaram para um hospital particular em Maceió. Foi aí que recebi atendimento, fiz exames, foi feito o curativo do ferimento... Recebi alta médica logo depois e já estou em casa com uma tipoia no braço, pois preciso estar de repouso. A bala atingiu o osso, mas não será necessário fazer cirurgia", continuou a vítima.
Gabriel afirmou ainda que não conhecia a vítima de 23 anos que morreu ainda no local da festa, devido às diversas lesões causadas pelos disparos, sendo uma delas na cabeça, conforme divulgação da Polícia Militar. "Eu não sei quem foi a pessoa que morreu, não conhecia. Quando cheguei no PAM, vi que conhecia apenas um dos feridos, mas só ele. Tinha muita gente. E os tiros também começaram do outro lado da festa. Também não sei quem atirou, se tinha mais de um, e não sei a motivação", informou o sobrevivente.
Ainda assustado, o jovem contou que deseja virar a página e agradecer por estar vivo. "Eu tenho consciência de que isso poderia acontecer em qualquer lugar, infelizmente foi nessa festa. Já frequentei um encontro desse por mais de duas vezes, e foi a primeira vez que acontece algo com essa gravidade [...] Eu só queria deixar isso no passado. Já foi. Agora é seguir tocando minha vida", disse o rapaz que trabalha com construção civil e agora vai precisar se ausentar por semanas para se recuperar.
O caso - Um jovem morreu e ao menos quatro pessoas ficaram feridas após um atentado a tiros durante uma festa em um campo de futebol, na orla de Paripueira, nesse domingo, 16. Até o momento, ninguém foi preso pelo homicídio e pela tentativa de homicídio.
Veja o vídeo:
De acordo com a Polícia Militar, o jovem assassinado tinha 23 anos, enquanto os feridos não tiveram a idade revelada. As vítimas sobreviventes foram socorridas e transportadas por equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros até o PAM Raquel Vasco, no mesmo município. Logo depois, elas precisaram de encaminhamento para hospitais.
Testemunhas disseram aos militares que o atirador estava no carro de modelo Siena, de cor branca, que estacionou próximo ao evento. O suspeito teria como alvo a vítima de 23 anos que foi morta após não resistir aos diversos ferimentos causados por bala. Um dos tiros acertou a cabeça dela. A motivação, no entanto, será descoberta após investigação da Polícia Civil. A participação de mais pessoas no crime não está descartada.
"Foram quatro vítimas: 2 vitimas ferimento no tórax, 1 vitima ferimento na perna, 1 vitima ferimento no ombro. Uma das vítimas, mais grave, do sexo masculino, 35 anos, apresentou ferimento no tórax e com falta de ar. As outras vítimas estáveis (não temos identificação). Para a ocorrência, o Samu enviou uma equipe de Unidade de Suporte Avançado (USA- UTI móvel ) e uma equipe de Unidade de Suporte Básico (USB)", mostra trecho do comunicado do Samu, enviado à imprensa.
LEIA MAIS
+Lidas