Em São Paulo, maior cidade da América do Sul, 904 trechos de suas ruas e avenidas foram recapeadas na cidade nos últimos dois anos.
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Como revela o “Estadão”, em março deste ano mais de 200 vias foram recapeadas de forma simultânea na cidade, e as obras devem se estender até dezembro.
Detalhe: a maioria de noite ou de madrugada.
Assim como São Paulo, outras cidades de grande porte preservam a mobilidade urbana e evitam transtornos na circulação de veículos exatamente por optarem por realizar obras viárias no período noturno, quando o movimento de pessoas e de carros é mínimo.
Em Maceió, a atual gestão faz exatamente o contrário: executa trabalho de recapeamento durante o dia, como se fosse um propósito da prefeitura em atrapalhar a vida das pessoas ao tornar mais difícil a mobilidade dos cidadãos, em transporte coletivo ou individual.
Como já abordei o tema em outros textos, houve quem me desse uma explicação:
“Isso é para o prefeito mostrar serviço. Realizar esse tipo de trabalho tarde da noite ou mesmo de madrugada não dá visibilidade. Fazendo isso de dia, demonstra que está atuando e, assim, atrai a atenção do cidadão/eleitor”.
E parece ser isso mesmo. A irritação causada à comunidade, mesmo atrapalhando o trânsito, pode não ser a melhor opção técnica, mas deve dar resultado em termos de marketing.
Esses transtornos não são apenas em relação à execução de obras: a coleta de lixo em Maceió em horários inadequados continua a irritar o pagador de impostos, mas, tanto quanto o recapeamento de ruas, deve aumentar a popularidade do alcaide de plantão.
Não há nenhuma outra explicação que justifique esse procedimento.
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