Vigilância Sanitária vai investigar material radioativo em cilindro encontrado em ferro velho

A Vigilância Sanitária de Arapiraca vai investigar qual é o material radioativo presente em uma cápsula que seria de um equipamento de raio-x encontrado em um ferro velho da cidade nessa terça (22), e ainda pretende saber qual empresa fez o descarte irregular do material.

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Diferente do que foi divulgado ontem pela Prefeitura Municipal de Arapiraca, o coordenador da Vigilância Sanitária do município, Edilson Melo, afirma que o material é radiotivo, mas não é Césio 137.

Em entrevista concedida ao radialista Wendell Salustiano, da Rádio Pajuçara FM Arapiraca, na manhã desta quarta-feira (23), Melo afirmou que a empresa especializada em recolher o material radioativo descartou que o cilindro contenha Césio 137.

“Não é uma cápsula. A cápsula é bem maior que isso. Trata-se de um tubo, cilíndrico, redondo, mas bem menor que a cápsula e foi entregue a um ferro velho. Quando botamos para análise da empresa que faz o recolhimento, por foto, que hoje temos essa facilidade, eles informaram que não tem nada a ver com o Césio 137”, afirmou.

Ainda assim, o material contém uma espécie de produto químico, semelhante a uma lampada. “Após uma análise, se constatou que existe um material radioativo de pequeníssima proporção, mas não é pó, e sim uma lâmpada”, disse.

Ele disse ainda que órgãos de fiscalização entraram em contato com o município para pedir informações sobre o material encontrado e passar recomendações. “Ontem mesmo tivemos contato com o Centro de Pesquisas Radioativas, do Rio de Janeiro, esclarecemos, e todo mundo ficou feliz. O risco poderia ser enorme”, pontuou.

A Vigilância Sanitária informou ainda que vai começar uma investigação para identificar a empresa que fez o descarte irregular do material. “Vamos investigar esse ator principal, que fez algo muito errado e perigoso”.

O material será acomodado em local seguro até que seja removido por um veículo adequado. “Eu mesmo me dispus a levar esse material de carro, e me recomendaram guardar esse material até que seja recolhido por uma empresa especializada no final do mês”, explicou.

Ouça a entrevista na íntegra: