A Polícia Militar de Alagoas (PMAL) vai instaurar procedimentos administrativos disciplinares para apurar a confusão entre policiais e torcedores do CRB, durante o intervalo da partida entre o time regatiano e o Coritiba, válida pela 15ª rodada da Série B, nesse sábado, 13, no Estádio Rei Pelé. O CRB venceu o time paranaense de virada por 2 a 1.
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A confusão teria começado no intervalo do jogo, quando os jogadores do CRB desciam para o vestiário. Insatisfeitos com a derrota do CRB até aquele momento do jogo (o Galo perdia por 1 a 0), torcedores chegaram próximo ao túnel que dá acesso aos vestiários para reclamar com os atletas.
Teria sido nesse momento que a PM teria identificado um suposto torcedor do CRB que estaria com a camisa de uma organizada. Após ser convidado e se retirar do estádio, o torcedor teria reagido e iniciado a confusão.
Alguns vídeos que circulam na internet mostram as agressões entre torcedores e policiais. Em uma das imagens, um suposto torcedor dá uma "voadora" nas costas de um policial e corre em seguida.
Os militares chegaram a usar spray de pimenta, o que teria atingido torcedores, entres eles crianças, que não tinham nada a ver com a confusão. Muitos torcedores tiveram que ser atendidos pelo Corpo de Bombeiros. Há relatos de que uma das vítimas teria apresentado quadro de convulsão.
Confusão entre Polícia e torcedores do CRB no Rei Pelé pic.twitter.com/zs4gYTi3W5
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Torcedores do CRB são atendidos pelo Corpo de Bombeiros após confusão com policiais no Rei Pelé pic.twitter.com/BIEfSq82gA
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"A Corporação lamenta as cenas vistas na arquibancada e salienta que a paixão pelo futebol deve ser praticada de forma salutar e pacífica. A instituição também entende que a ação isolada de um grupo não representa a totalidade dos alagoanos que torcem por seus times do coração", diz trecho da nota.
Já o Clube de Regatas Brasil, por meio de nota, repudiou a ação da PM contra os torcedores regatianos e questionou os procedimentos adotados pelos militares para conter a confusão. "O CRB irá acompanhar a apuração dos fatos junto a Polícia Militar de Alagoas, para que, após a apuração, os envolvidos sejam devidamente responsabilizados".
Leia as duas notas na íntegra abaixo:
O que diz o CRB:
O Clube de Regatas Brasil repudia veementemente a ação de parte do contingente da Polícia Militar, presente na Grande Arquibancada do Estádio Rei Pelé, na noite deste sábado (13). Quando mulheres, crianças e idosos, torcedores do CRB precisaram ser atendidos com urgência após disparos de gás de pimenta.
A diretoria regatiana entende que os procedimentos adotados não correspondem com o padrão da corporação. O CRB irá acompanhar a apuração dos fatos junto a Polícia Militar de Alagoas, para que, após a apuração, os envolvidos sejam devidamente responsabilizados.
O que diz a PM
A Polícia Militar de Alagoas vem a público manifestar-se a respeito do ocorrido na noite de 13 de julho no Estádio Rei Pelé, durante a partida entre CRB e Coritiba, válida pela Série B do Campeonato Brasileiro.
O Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM) acompanhou de perto a situação e, de imediato, iniciou a adoção de medidas a começar pela identificação dos envolvidos. O comandante do policiamento fará a comunicação dos fatos e o Setor de Inteligência já separou as imagens. Serão abertos os procedimentos administrativos disciplinares cabíveis para rigorosa apuração dos fatos. As partes envolvidas serão ouvidas, tendo assegurado o direito constitucional ao contraditório e ampla defesa.
A PM esclarece que somente em 2024, mais de quarenta partidas de futebol foram realizadas no Estádio Rei Pelé e nenhum incidente desta natureza envolvendo torcedores e policiais militares foi registrado.
A Corporação lamenta as cenas vistas na arquibancada e salienta que a paixão pelo futebol deve ser praticada de forma salutar e pacífica. A instituição também entende que a ação isolada de um grupo não representa a totalidade dos alagoanos que torcem por seus times do coração. Do mesmo modo, a Polícia Militar enfatiza que a ação policial deve ser a de realizar a segurança ostensiva e a promoção da paz, empregando a força quando necessário, dentro da proporcionalidade e da legalidade.
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