Vídeo: tensão e gritaria marcam início de audiência sobre privatização da Eletrobras

Publicado em 06/03/2018, às 10h10

Por Redação

Manifestantes se reuniram nesta terça-feira, 06, na Escola Superior de Magistratura de Alagoas (Esmal), no Farol, para tentar impedir a audiência que debate a privatização da Eletrobras. O debate começou às 9h e foi marcado por muita tensão.

Desde o começo da audiência a os manifestantes tentaram impedir os discursos usando apitos e assovios. Perto do fim da sessão pública, alguns manifestantes entraram em confronto com a polícia militar. O TNH1 recebeu um vídeo que mostra o momento do confronto, onde palavrões são ditos.

Enquete: você é contra ou a favor da privatização da Eletrobras? 

O grupo gritava palavras de ordem e chamavam os oradores de “golpistas”.

TNH1

Desde o início da manhã, um forte aparato policial foi montado no local para reforçar a segurança durante a assembleia. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Eletrobras, Nestor Powell, o policiamento inibe as pessoas que gostariam de participar.

“A Eletrobras faz parte do desenvolvimento econômico de Alagoas. Nós estamos aqui tentando chamar atenção da sociedade sobre o que representam os riscos dessa venda. Com a privatização, os grandes centros serão beneficiados, mas os locais mais distantes podem ter até o abastecimento de energia elétrica prejudicado. Vamos lutar até o fim para que essa empresa continue sendo patrimônio do povo alagoano”, defendeu Nestor.

Debate

O responsável por presidir a audiência, Ricardo Brandão, do Ministério de Minas e Energia, argumentou, em entrevista a TV Pajuçara, que a intenção do evento é promover um debate com a sociedade. 

“Queremos trazer as informações para a população quanto ao processo de estatização. Queremos a oportunidade de fazer as apresentações, ouvir as manifestações e poder responder individualmente às perguntas feitas à mesa”, expôs Ricardo. 

Lidiane Gonçalves, representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pelo processo, conta que a venda foi uma decisão tomada pelos acionistas e que trata benefícios à sociedade. 

“Temos um entendimento que esse é o melhor caminho para a sociedade. Ao entrar na empresa, o investidor deverá fazer uma aplicação imediata de R$ 546 milhões que beneficiará não só a população com uma melhora na qualidade do serviço como também atraindo novos investimentos para o estado”, explicou.

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