Cerca de duzentas pessoas participam de uma manifestação contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara Federal, e contra o Projeto de Lei 5069/13, que tipifica como crime contra a vida o anúncio de meio abortivo e prevê penas específicas para quem induz a gestante à prática de aborto.
Os participantes do ato se concentraram na Praça do Centenário, no bairro do Farol, e caminharam até o Centro de Maceió, com apoio de agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
Para Lu Araujo, coordenadora do Movimento Mulheres em Luta, a proposta é um retrocesso. “Constrange ainda mais a mulher que foi violentada sexualmente, pois exige que ela faça um boletim de ocorrência para receber atendimento médico”, afirmou a manifestante.
Segundo Lu, a PL 5069/13 é um ataque ao direito reprodutivo da mulher. “Por isso, em todo Brasil, as mulheres estão organizando esse ato em repúdio à proposta e ao seu autor, Eduardo Cunha”, disse.
A manifestante concluiu afirmando que a cada doze segundos, uma mulher é estuprada no Brasil e que todos os anos, mais de um milhão de abortos são realizados.
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