Vídeo: humorista discute com fãs de Bolsonaro e público abandona o show

Publicado em 31/08/2019, às 18h09
Reprodução / Instagram
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Por Contigo!

O humorista Gustavo Mendes – conhecido por interpretar Dilma Rousseff – criou uma confusão com os fãs do presidente Jair Bolsonaro durante um show em Minas Gerais.

Tudo começou quando o artista fez críticas ao governo de Bolsonaro. Os eleitores presentes na plateia começaram a discutir com o comediante com opiniões contrárias. Até que Gustavo pediu que parte do público deixasse o teatro. Várias pessoas saíram da sala e ele continuou com o show até o fim.

Em um vídeo que circula pela internet, o humorista diz: “Que que é? Bolso o quê? Pode ir embora, eu devolvo o seu dinheiro. Eu tô respondendo uma crítica. Não fala todo mundo junto, não. Eu não tenho problema nenhum em expor opinião política. Quando expõe opinião política, eu ponho a minha. Entendeu? A real agora: pode levantar vocês aí, eu devolvo o dinheiro de vocês, porque eu quero vocês fora", disse ele. 

Em suas redes sociais, Gustavo defendeu sua atitude com a plateia. "Parte da plateia, insatisfeita com as piadas sobre Bolsonaro se sentiu no direito de dizer o que eu posso ou não posso falar nos meus shows. E Isso nunca, amiguinhos, nunca vai acontecer, porque isso se chama censura e eu não vou aceitar essa tentativa de intimidação. Principalmente vindo de pessoas que se articularam para isso. O problema daquelas pessoas não eram as piadas políticas. Ora, eu sou Gustavo Mendes. Minha trajetória sempre foi de assumir posições com força e transparência, mesmo sabendo que isso incomodava muita gente. O humor é sempre oposição".

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É possível que você já tenha sabido o que aconteceu durante o meu show em Teófilo Otoni. Parte da plateia, insatisfeita com as piadas sobre Bolsonaro se sentiu no direito de dizer o que eu posso ou não posso falar nos meus shows. E Isso nunca, amiguinhos, nunca vai acontecer, porque isso se chama censura e eu não vou aceitar essa tentativa de intimidação. Principalmente vindo de pessoas que se articularam para isso. O problema daquelas pessoas não eram as piadas políticas. Ora, eu sou Gustavo Mendes. Minha trajetória sempre foi de assumir posições com força e transparência, mesmo sabendo que isso incomodava muita gente. O Humor é sempre OPOSIÇÃO. Esse é o papel do artista e principalmente o do comediante: incomodar os poderosos. Onde estavam essas pessoas quando eu debochava da Dilma? Debochava do Temer? Eu amo meu público, mesmo aqueles que votaram no Bolsonaro, mas não vou me calar diante do que está acontecendo hoje no Brasil: os milhões de desempregados continuam sem ver nenhuma medida que lhes dê esperança; nossa maior riqueza – a Amazônia – sendo devastada e um governo que incentiva o desmatamento; a promessa de acabar com a corrupção e um governo que tem seus corruptos de estimação; milhões passando fome e um governo que nega a existência da miséria. Quem não está cumprindo o que prometeu não sou eu. Onde está o Brasil melhor que foi prometido? Violência, corrupção, desemprego, nepotismo; tudo continua e piora porque o presidente está sempre mais ocupado em causar polêmica que governar. As pesquisas mostram que os que consideram seu governo ruim ou péssimo já são 40%. Amigos, não sou eu que invento esses números, nem sou eu que faz o povo deixar de gostar desse governo. O pior inimigo do Bolsonaro é ele mesmo. E os que apoiam os erros dele. Isso que aconteceu contra mim, infelizmente não é um privilégio meu. É uma nova onda de intimidação à liberdade de expressão: Roger Waters do Pink Floyd e Cateano foram vaiados; Miriam Leitão foi impedida de lançar seu livro numa Feira; Gleen – que denunciou a vaza jato - sofreu foguetaço em Parati; professores são filmados por alunos que se acham no direito de ser uma patrulha ideológica; e por aí vai. Você pode nã

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"Esse é o papel do artista e principalmente o do comediante: incomodar os poderosos. Onde estavam essas pessoas quando eu debochava da Dilma? Debochava do Temer? Eu amo meu público, mesmo aqueles que votaram no Bolsonaro, mas não vou me calar diante do que está acontecendo hoje no Brasil". 

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