Vídeo: fiscalização flagra "cemitério de placentas" no Sertão de Alagoas

Publicado em 22/11/2016, às 10h20

Por Redação

Restos de placentas enterrados nos fundos de uma unidade de saúde, seringas sujas de sangue misturadas ao lixo comum, prédio público funcionando sem o devido licenciamento ambiental. Essas foram apenas algumas das irregularidades encontradas pela FPI do São Francisco da Tríplice Divisa (FPI), num centro de saúde, localizado no município de Delmiro Gouveia, Sertão de Alagoas.

A fiscalização aconteceu inicialmente na Unidade Mista Antenor Serpa, no Centro de Delmiro Gouveia. Administrada pelo Estado, ela não faz o recolhimento do lixo hospitalar da forma adequada e, por conta disso, as parturientes, após darem a luz, têm seus restos de placentas acondicionados em sacos que, por sua vez, são colocados dentro de buracos, no terreno que fica por trás do imóvel.

Funcionários da unidade confirmaram que o cemitério de placentas já existe há mais de quatro décadas e que esse tipo de situação ocorre porque o recolhimento do lixo hospitalar não acontece com a frequência correta por parte da empresa contratada.

Veja vídeo gravado no local:

E tem mais irregularidades. O material utilizado em procedimentos cirúrgicos e curativos também não é separado da maneira adequada. Parte do lixo hospitalar é misturado ao lixo comum, o que coloca em risco a saúde dos próprios funcionários, de pacientes e dos trabalhadores responsáveis por fazer o recolhimento dos resíduos sólidos.

 “Flagramos muitas infrações graves, numa delas, o lixo contaminado que deveria ser armazenado e recolhido por empresa especializada para posterior incineração, estava sendo descartado juntamente com o lixo comum e tinha com o destino final o lixão da cidade. Lá, os catadores certamente já devem ter se machucado com esse tipo de material", explicou o tenente Wenderson Viana, do Batalhão de Polícia Ambiental. 

O IMA lavrou algumas autuações, a exemplo de multa pela falta de licença ambiental, no valor de R$ 257 mil, estipulando ainda prazo para retirada e destinação adequada do material contaminado. O CREA e a Vigilância Sanitária também lavraram autos para o problemas relacionados.

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