O cérebro humano ainda é "o computador mais incrível conhecido pela humanidade", mas pesquisadores estão engajados em descobrir os pormenores do seu funcionamento para replicá-lo em forma de computador. Em contrapartida, uma nova pesquisa realizada por um grupo do Instituto Salk para Estudos Biológicos, nos EUA, afirma que nosso cérebro pode ter uma capacidade de armazenamento 10 vezes maior do que o imaginado anteriormente.
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A nova estimativa comenta que nosso órgão central teria a capacidade de armazenar até 1 petabyte de dados. Isso representa nada menos de 1.024 terabytes, caso você precise de uma unidade mais “mundana” para ter uma ideia mais real disso tudo. Com essa capacidade, toda a informação presente na internet de forma global caberia na cabeça de qualquer ser humano adulto.
Logicamente, isso não quer dizer que conseguiríamos memorizar tudo o que há na web, uma vez que os dados que conseguimos processar no cérebro são de uma natureza completamente diferente dos códigos binários dos computadores.
Os pesquisadores do instituto removeram tecido do hipocampo do cérebro de um rato e reconstruíram sua estrutura em 3D para estudar o centro de memória. Com isso, eles conseguiram observar um fenômeno bem estranho. Basicamente, eles identificaram que as sinapses — conexões entre os neurônios — podem mudar de dimensão. Em termos leigos, isso afeta a capacidade de memória, uma vez que existem mais possibilidades de combinação para guardar informações.
É como se você pudesse escrever coisas em apenas duas faces de um objeto bidimensional e, de repente, ele se tornasse tridimensional e aparece com pelo menos seis faces disponíveis, como um pedaço de papel plano que se torna um dado. Por fim, como o cérebro humano tem uma constituição bem similar a dos ratos de laboratório, acredita-se que a mesma coisa acontece em nossas cabeças.
O estudo ainda sugere que existem pelo menos 26 categorias diferentes de sinapses no cérebro humano, em comparação às poucas que eram consideradas antes disso.
“Essa magnitude de precisão é muito maior do que qualquer pessoa já imaginou. As implicações do que descobrimos são inimagináveis. Escondido sob o aparente caos e bagunça do cérebro há uma precisão subjacente para o tamanho e formas das sinapses, e isso estava escondido de todos nós”, comentou Terry Sejnowski, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.
Você pode conferir o artigo detalhado em inglês sobre a descoberta aqui.
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