Contextualizando

Verdades sobre o ex-senador Rodrigo Cunha

Em 31 de Dezembro de 2024 às 08:06

Depois de um excelente desempenho como deputado estadual, Rodrigo Cunha, então no PSDB, se elegeu para o Senado, em 2018, com uma votação recorde - quase um milhão de votos, desbancando o favorito Renan Calheiros (MDB), que foi reeleito em segundo lugar.

A expectativa positiva em seu favor não durou muito: no segundo turno da disputa presidencial daquele ano, seus eleitores bolsonaristas se desapontaram por ele não ter se engajado na vitoriosa campanha de Jair Bolsonaro, por razões pessoais.

A partir dali, a expectativa positiva deu lugar à frustração e Rodrigo assumiu o mandato de senador sob extrema desconfiança desses mesmos bolsonaristas, o que levou à criação, em represália, de um sentimento de que ele fazia um mandato fraco, sem propostas nem projetos.

O que é, diga-se de passagem, uma inverdade, pois seguramente ao longo dos seus seis anos de mandato Rodrigo Cunha conseguiu o reconhecimento em nível nacional exatamente por suas ações efetivas e projetos de relevância, especialmente em defesa do consumidor - chegou, inclusive, ser esolhido por seus pares para a vice-presidência do Senado.

Tudo isso devidamente registrado e divulgado, quase que diariamente, por uma competente assessoria de comunicação - algo sobre o qual eu, como jornalista, sou testemunha, por receber constantemente informações a respeito das suas atividades parlamentares.

Na verdade, Rodrigo foi vítima do imaginário popular, que criou e difundiu a ideia de que ele pouco produziu como senador.

Esse sentimento certamente foi o principal responsável por sua derrota para Paulo Dantas (MDB) na disputa pelo governo do Estado, em 2022, por uma pequena diferença de votos -justamente o chamado voto de opinião, espontâneo - para um concorrente que buscava a reeleição e dispunha de uma estrutura de campanha bem mais forte.

Pois bem...

Desde o último domingo (29) Rodrigo Cunha não é mais senador, pois formalizou sua renúncia para poder assumir, amanhã, o cargo de vice-prefeito de Maceió, e abriu vaga para sua primeira suplente, a médica Eudócia Caldas (PL), ex-prefeita de Ibateguara e mãe do prefeito reeleito João Henrique Caldas (PL).

Será a primeira investidura de Rodrigo Cunha no Executivo, após ter exercido com sucesso o cargo de diretor do Procom no governo de Téo Vilela, o que lhe abriu as portas para os mandatos de deputado estadual e senador.

Independentemente do que pensem e propaguem seus adversários, a verdade é que o agora vice-prefeito de Maceió é um dos poucos políticos da atual geração em Alagoas que exercem tal atividade com seriedade, competência e decência.

Se vai se dar bem no Executivo aí é outra estória...

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