Por Redação
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia e a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo decifraram o significado de algumas tatuagens comuns nos presídios. Símbolos religiosos e figuras da cultura popular ganham outra ideia quando marcados durante o cumprimento de uma pena.
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Uma suástica, por exemplo, é um símbolo usado por praticantes de crimes de intolerância.
Uma arma de fogo pode indicar que a pessoa usa um revólver em seus crimes. Quando encontrada na barriga, significa roubo, enquanto na perna simboliza latrocínio.
Já quem faz um arame farpado, segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, representa alguém não confiável, que negocia com as autoridades para sair do confinamento, caso de prisioneiros que denunciaram outros criminosos.
Artigos do Código Penal Brasileiro e da Lei de Tóxicos: 33 (tráfico de drogas), 121 (homicídio), 157 (roubo) e 171 (estelionato), indicam o motivo da prisão, atual ou passada.
Carpa: de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, a tatuagem simboliza o tráfico de drogas e formação de quadrilha. Segundo a SSP-BA, uma cabeça para cima indica posição de chefia, enquanto privilégios no grupo são representados com a cabeça de um dragão.
Caveira com punhal: símbolo marcado em criminosos respeitados, que teriam relação com o assassinato de policiais. Chuck: pode indicar que o detento é integrante da ADA (Amigo dos amigos). No geral, segundo a SSP-BA, representa um membro com comportamento violento e várias passagens por roubo e/ou homicídio.
Coringa: perigosos e frios, como o personagem fictício, indica prática de roubo. Diabo: indicam que a pessoa não se arrepende dos homicídios cometidos, segundo a SSP-BA.
Cruz: apesar de poder simbolizar a fé, a cartilha da Secretaria de Segurança Pública da Bahia indica que o símbolo diz que a pessoa já foi condenada. Quando encontrada no meio das costas, pode significar alta periculosidade. Cruz com caveira: tatuagem simboliza alguém que é fiel aos parceiros.
Duende: usuário ou traficante de drogas. De acordo com a SSP-BA, representa pessoas ligadas aos testes e empacotamento. Escorpião: indica prisioneiros ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a cartilha de orientação aos policiais.
Índia: usada por praticantes de roubos e matadores de policiais, no Rio de Janeiro é usada por traficantes.
Mago: também ligado ao uso e tráfico de drogas, segundo a SSP-BA, a figura pode indicar ainda alguém relacionado à fabricação de explosivos.
Morte: ligados à grupos de extermínios, pode estar associada a quem fez justiça com as próprias mãos e aos integrantes do PCC. Morte com arma: símbolo dos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Nossa Senhora: significado da tatuagem muda de acordo com o lugar, segundo a cartilha da SSP-BA. No peito, pede por proteção; nas costas, indica estupro ou vítima de violência sexual; na barriga, braços ou pernas representaria latrocínio.
Palhaço: independente das variações (com armas, sorriso ameaçador, etc), indica prática de roubo, formação de quadrilha e assassinato de policiais.
88: os números têm relação com um grupo neonazista, segundo a SSP-BA. O oito é referência à letra H que, usada duas vezes simbolizaria a frase nazista "heil Hitler".
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