Ainda no início da tarde as imagens do eclipse lunar já inundavam as redes sociais. A partir da Ásia, o fenômeno ficou visível especialmente de países do Oriente Médio e do Norte da África. A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) transmitiu ao vivo em seu serviço de vídeo online (streaming) imagens do eclipse de diferentes pontos do globo, a partir de observatórios em países como os Emirados Árabes Unidos, Grécia e Israel. Na transmissão, foi possível ter diferentes ângulos e efeitos luminosos do evento na superfície lunar.
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No Brasil, pessoas se mobilizaram em diversas cidades para acompanhar o evento, que recebeu o nome de “Lua de Sangue” por conta do efeito avermelhado que se forma na refração dos raios solares na superfície lunar. Os tons alaranjados e avermelhados se deviam à passagem dos feixes de luz pela atmosfera terrestre. A expectativa também era pelo planeta Marte, que apareceria de maneira mais visível do que de costume.
Maceió
Em Maceió, dezenas de pessoas estiveram na orla de Jatiúca para acompanhar de perto o fenômeno. Telescópios, binóculos, câmeras fotográficas e outros equipamentos foram levados para registrar o acontecimento. Os aparelhos celulares também foram usados pelos populares para compartilhamento de vídeos e fotos da lua.
Imagem: Itawi Albuquerque |
O astrônomo Aloísio Farias, do Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas, esteve no local e comentou sobre a "janela de céu" que poderia ser fechada por conta das nuvens carregadas, o que atrapalharia a visibilidade da lua.
São Paulo
Em São Paulo, além dos parques, como o Ibirapuera, a selva dos arranha-céus foi ambiente propício para arrumar um posicionamento melhor para ver, e registrar o eclipse. A fotógrafa Sara de Sanctis escolheu o terraço do prédio onde mora, onde os amigos fizeram um churrasco. Outros moradores também optaram pelo terraço como local de observação.
Imagens: Agência Brasil |
“A gente não viu o eclipse total. Vimos somente a penumbra. Mas foi bom reunir os amigos. Acabamos aproveitando para comemorar o aniversário de um dos amigos no espaço”, relatou a fotógrafa, de origem italiana, mas que mora no Brasil há cinco anos.
Brasília
Na capital, a Esplanada dos Ministérios ficou totalmente parada por conta do trânsito. Na Torre de TV, cartão-postal da cidade e ponto mais alto da avenida, centenas de pessoas se reuniram. Um pouco mais acima, o Memorial dos Povos Indígenas recebeu o projeto Culturas Vivas, que convidou pessoas para acompanhar o fenômeno em meio a uma intensa programação, que contou com cânticos tradicionais Krahô e exibição de filmes.
Imagem: Agência Brasil |
A advogada Diana Melo e o grupo de mães do qual faz parte levaram filhos para o espaço, que não tem teto e permitiu uma vista particular da lua. “A gente gosta de trazer as crianças e a gente mesmo ver como a vida é diversa. Foi muito mágico estar no espaço, escutar uma apresentação indígena e dançar com eles, sendo que o povo Timbira está também na minha terra, o Maranhão”, contou.
A Praça dos Três Poderes ficou lotada de pessoas com câmeras, binóculos e telescópios. A secretária Leonice Santos foi pela primeira vez olhar o eclipse e se espantou com o público. “Tá bastante tumultuado”, comentou. Parte dos instrumentos foi disponibilizada pelo Clube de Astronomia de Brasília. Muitas pessoas esperavam nas filas para conferir a lua por meio das lentes.
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