A nota conjunta, expedida nesta quinta-feira (7), pelas coordenações de Defesa Civil Municipal, Estadual e Nacional, explicou que o risco de colapso de afundamento do solo no bairro do Mutange, em Maceió, atinge, restritamente, uma área com diâmetro aproximado de 78 metros, correspondente ao tamanho da cratera que pode ser causada por um possível desmoronamento da mina 18. A análise feita por técnicos dos três órgãos mostra que o evento geológico crítico não afeta outras áreas do município além desta que foi delineada.
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No entanto foram traçadas duas áreas de segurança. A primeira em vermelho equivale a três vezes o diâmetro da possível cratera, ou seja 234 metros. A segunda, em amarelo, equivale a cinco vezes o raio da mina, ou seja 390 metros. Essas áreas, em caso de colapso, podem ter consequências de menor gravidade, a exemplo de rachaduras no solo.
Fazendo um comparativo, o trecho em que o colapso é iminente equivaleria ao tamanho de uma piscina olímpica e meia, compreendendo o local onde funcionava o antigo campo de treinamento do CSA, e parte da Lagoa Mundaú, beirando a Avenida Major Cícero de Góes Monteiro.
No entorno da mina 18, em zona aterrada, ficou constatada a ocorrência de fissuras com padrão circular. O problema foi detectado a partir de imagens aéreas feitas por drones e está dentro da projeção de três vezes do raio da cavidade, mantida pela Braskem. A Defesa Civil denominou o trecho de “Área de Colapso da Mina 18”.
Ao redor deste ponto mais crítico, os técnicos estabeleceram uma área de segurança, que foi completamente evacuada, apesar de não se ter observado indício de trincas, fissuras ou rachaduras.
Pelo prognóstico dos órgãos de Defesa Civil, o comportamento do solo pode resultar em eventos distintos na região. Uma delas seria a provável ocorrência de dolinamento (depressão circular) da mina 18. A segunda possibilidade seria de a mina se autopreencher ou estabilizar em uma camada mais rasa.
A conclusão é de que estas hipóteses são compatíveis com a deformação e danos até agora registrados no entorno do afundamento da região. A área de segurança e as demais que são margeadas a esta continuam sendo monitoradas diuturnamente pelas equipes de Defesa Civil. Quaisquer eventos anormais, se ocorridos além da área com provável colapso, serão detectados de forma imediata para que sejam colocadas em prática ações adicionais de contingência.
A tecnologia usada no local constata diminuição na velocidade de afundamento do solo e, no momento, é unânime entre os técnicos de que há uma clara tendência de manter-se constante, configurando um cenário de estabilidade.