Há quem entenda que uma das causas da derrota de Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de reeleição em 2022 – independentemente de questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral – foi seu desdém em relação à pandemia de Covid.
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Bem ao seu jeito grotesco de ser, o ex-presidente chegou a dizer que quem se vacinasse correria o risco de virar jacaré.
Insuflados por tal postura, muitos dos seus adeptos políticos seguiram rigorosamente tais “recomendações”, que não tinham e não têm nenhum conteúdo científico.
Inclusive houve casos de profissionais de saúde que aderiram a essa onda de negacionismo, se negaram a tomar vacina, orientaram clientes nesse sentido e vieram a falecer vitimados pela Covid.
Uma minoria de cidadãos adotou a mesma postura, não tomou o imunizante e se mantém sem sintomas até hoje – é justamente esse grupo que continua disseminando pelas redes sociais a sua incredulidade em relação aos efeitos da vacinação.
Só que agora, de forma mais abrangente, a propagação é no sentido de que não se deve tomar qualquer tipo de vacina.
Tais figuras demonstram desconhecer que foi justamente a partir da aplicação de vacinas que caíram abruptamente os internamentos e óbitos decorrentes da Covid e que muitos sobreviveram exatamente por causa da vacinação.
Aqui mesmo em Alagoas os reflexos são lastimáveis, refletindo um cenário visto em todo o Brasil: pela baixa procura, estão sobrando vacinas e chegam a ser dramáticos os apelos de dirigentes da área de saúde para que a população se imunize.
Interessante que o negacionismo de hoje em dia inclui a resistência à imunização a qualquer tipo de vacina, inclusive para evitar dengue ou uma simples gripe.
O negacionismo, infelizmente, está vencendo essa batalha contra preceitos básicos de saúde, sem nenhum embasamento técnico ou científico.
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