Atualizada às 11h48
Usuários do plano de saúde Ipaseal, do Governo do Estado, protestaram na sede do instituto, no centro de Maceió, nesta segunda (21), contra o reajuste do serviço e das novas regras de cobranças.
Em alguns casos, o aumento pode chegar a 100%, o que levou clientes a organizarem um grupo para abrir um processo coletivo contra o Ipaseal alegando quebra de contrato e aumento abusivo.
Eles colheram assinaturas para a instauração da ação coletiva na justiça questionando os aumentos.
De acordo com uma das clientes, que não quis se identificar, o aumento de quase 90% é abusivo. Além disso, ela aponta a cobrança de coparticipação por consulta como outra medida que vai encarecer a conta no final do mês.
“Eu pagava R$ 615 com dentista e tudo, mas agora veio R$ 1.161. Fiz a retirada do odontológico, aí fiquei com R$ 960 e um quebrado. Agora, além desse valor, tem a coparticipação, que é 15% de cada consulta ou de cada exame que seja feito. No final do mês, três ou quatro exames, dois médicos, um para mim e um para meu marido, quanto vai ficar o plano?”, questiona.
A aposentada Cícera Ferreira, também cliente do plano de saúde, disse que recebeu o comunicado que o recadastramento deveria ser feito até esta segunda-feira (21) ou poderia ter o plano cancelado.
“Eu imagino que todo servidor vai querer resolver, mas um reajuste desse? No meu caso, eu pagava R$ 580 e vou pagar R$ 968, além da coparticipação de 15% por consulta ou exame”, explicou.
Já a professora Edleuza Almeida, lembrou o aumento do funcionalismo para esse ano e comparou com o que terá que pagar de plano de saúde. "O servidor teve 6% de aumento, como é que ele pode pagar um aumento de quase 50%?", indaga.
De acordo com um dos servidores do plano, é no recadastramento que os clientes são comunicados do aumento.
O diretor-presidente do Ipaseal, Francisco de Assis Barbosa, falou com o TNH1 e justificou que o valor que era pago pelos usuários não esra suficiente para as despesas com o serviço. Por isso, estão sendo enviadas correspondências aos usuários informando sobre o termo aditivo.
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Ele negou que os usuários estejam assinando o termo sem serem informados do valor e disse que não está havendo recadastramento, mas, sim, a assinatura desse termo aditivo. "Precisamos corrigir esses defeitos para que o plano continue. O modelo solidário é totalmente impossível. Não estamos fazendo isso para aumentar receita. As pessoas estão usando abusivamente e da forma que está sendo cobrado dos usuários, não vejo forma de o Ipaseal sobreviver", explicou.
Segundo Francisco, hoje o Ipaseal tem 5 mil contratos com um total de 12 mil usuários, por isso, serão realizadas mudanças nas regras do instituto. “Medida 1: mudança financeira de solidária para coparticipação; Medida 2: a retirada de filhos maiores de 21 anos; e Medida 3: avanco tecnologio para controlar o plano”, disse.
*Estagiário sob coordenação da editoria
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