Uma fiscalização do Ministério do Trabalho interditou três canteiros de obras no Campus A. C. Simões, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
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As construções foram embargadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas (SRTE-AL) devido a problemas estruturais e riscos trazidos aos trabalhadores.
Foram interditadas as obras de reforma e ampliação do centro de Química e Comunicação Social e a construções do Laboratório de Estruturas e de Materiais do Centro de Tecnologia (Lema/CTEC), que apresentavam problemas na carpintaria, na betoneira e nos andaimes.
Os fiscais do MPT encontraram fiação exposta, falta de Equipamento de Proteção Individual (EPIs) e andaimes irregulares.
Em entrevista coletiva realizada durante a tarde de hoje, o Pró-reitor de Gestão Institucional (Proginst), Flávio Domingos, o gerente de Obras da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra), Dilson Batista, e o chefe da Divisão de Obras, Felipe Paes, falaram sobre as interdições.
"Somos responsáveis por toda a comunidade universitária, incluindo os terceirizados que trabalham nos campi da Universidade, por isso, declaramos nosso apoio irrestrito à ação do Ministério do Trabalho", declarou Domingos.
Ainda segundo a direção da Universidade, Sinfra realiza fiscalizações periódicas nos canteiros de obras da Ufal. "Nós cobramos o cumprimento das cláusulas do contrato que incluem questões como fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) e cumprimento de todas as obrigações trabalhistas, sociais e previdenciárias. Inclusive, a empresa não recebe as parcelas dos pagamentos se não estiver em conformidade com as exigências legais. Este ano, nessa gestão, já foram notificadas oito empresas e uma foi multada", informou Dilson Batista.
Com relação às condições dos alojamentos externos, a Sinfra também vai aguardar a comunicação do Ministério do Trabalho. "Não compete a nós fiscalizar os alojamentos fora do campus da Universidade, mas vamos exigir as condições dignas para os trabalhadores das empresas contratadas pela Ufal. Porém, todas essas questões exigem providências que só podem ser tomadas quando formos comunicados oficialmente pelo MTE", explicou Dilson Batista.
Em texto da assessoria de comunicação da Ufal, a reitora Valéria Correia ressaltou que a fiscalização feita pela Ufal nas empresas contratadas também será intensificada. "Somos contrários a qualquer descumprimento das leis trabalhistas e exigimos todas as garantias para as condições de segurança de cada trabalhador. Apoiamos a ação do Ministério do Trabalho e vamos cobrar que a empresa se adéque às exigências".
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