Pelo que se sabe, há três casos de rompimento de prefeitos alagoanos eleitos no ano passado com os ex-prefeitos que os antecederam e um deles chegou, formalmente, ao conhecimento da Procuradoria Geral de Justiça de Alagoas, com a questão evoluindo do campo pessoal para o político e, agora, para o âmbito jurídico.
Trata-se da situação do prefeito de Rio Largo, Pedro Carlos da Silva Neto, conhecido desde a campanha como Carlos "Gonçalves", eleito com apoio ostensivo do antecessor, Gilberto Gonçalves, de quem era secretário e com o qual rompeu antes mesmo de tomar posse no cargo.
Carlos, como agora costuma se denominar, afastando o sobrenome "Gonçalves", denunciou tanto numa visita ao Ministério Público Estadual quanto em suas redes sociais que detectou duas tentativas de falsificação de sua assinatura, num documento apócrifo em que renuncia ao mandato de prefeito.
Uma delas teria ocorrido no cartório de Rio Largo neste mês de março, dia 17, e outra no cartório de Porto Calvo, dia 18, ambas no mês de março, quando teria havido tentativa de autenticação da sua assinatura, através de dois advogados.
As ocorrências, segundo o prefeito de Rio Largo, também foram comunicadas à Associação Alagoana dos Municípios.
A Procuradoria Geral de Justiça deve apurar os casos, buscando identificar os responsáveis pelas tentativas de fraude.
Resta no ar uma pergunta que exige resposta: a quem interessa a renúncia de Carlos?