Diretor do instituto MP Pesquisas, o professor e analista político Marcelo Bastos entende que pelo poder do seu grupo o governador Paulo Dantas (MDB) não vai concluir o mandato e deve ser candidato a uma das duas vagas ao Senado na eleição de 2026.
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Acha, inclusive, que se fosse candidato a deputado federal – outra hipótese quem vem sendo colocada – Dantas seria, caso eleito, apenas um integrante do baixo clero na Câmara.
Com o governador concorrendo ao Senado, entende Bastos que ao senador Renan Calheiros (MDB/AL) restaria concorrer ao cargo de governador ou a deputado federal.
“Ou, quem sabe, seja agraciado pelo presidente Lula com um vaga de ministro do Tribunal de Contas da União”, argumenta.
A questão para Renan é que, sendo Paulo Dantas também do MDB, seria aparentemente muito difícil para o partido eleger dois senadores, considerando a possibilidade de o deputado federal Arthur Lira (PP/AL) também disputar o cargo – e Lira tem dado demonstrações de que almeja algo maior, após presidir a Câmara.
Essa hipótese leva em conta que o senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL), do mesmo grupo de Lira, tende a ser indicado vice-prefeito na chapa de João Henrique Caldas (PL), que é favorito à reeleição no pleito de 6 de outubro – nesse caso, a médica Eudócia Caldas, mãe do prefeito JHC, seria efetivada como senadora e não concorreria à reeleição em 2026.
Tais articulações são, na realidade, o reconhecimento à boa gestão do governador Paulo Dantas, o que faria com que ele renunciasse ao governo, em abril de 2026, para dar continuidade à sua atividade política – no caso, no Senado Federal.
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