Costumo dizer, repetindo o que ouvi desde quando passei a acompanhar a conjuntura política, que nesse ramo "o amigo de hoje pode ser o inimigo de amanhã; e vice-versa".
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Nesses meus quase 70 de idade e 52 de atividade profissional, sou testemunha de vários casos envolvendo essas situações, com amizades desfeitas e alianças difíceis de imaginar entre tradicionais adversários.
Até lembro de vez em quando de uma frase atribuída a Euclides Mello, que foi vereador, deputado estadual, deputado federal e senador da República: "Em política só não vi boi voar".
E a história se repete constantemente, quase sempre em situações pós-eleitorais, como agora, menos de um mês em que foram empossados vereadores e prefeitos eleitos em 2024.
Nos 102 municípios de Alagoas, os dedos da mão já são suficientes para enumerar os diversos casos de prefeitos que elegeram seu sucessor e já estão em lados opostos, assim como prefeitos brigados com seus respectivos vices e vereadores rompidos politicamente com os prefeitos a quem apoiaram.
Tais situações são diferentes entre si, mas a explicação mais racional que se tem a respeito desses episódios é que o poder enebria, muda a personalidade das pessoas - tanto as que a ele ascendem e as que o perderam.
Nessas horas me lembro sempre de uma questão constamente repetida pelo companheiro radialista em seus programas de rádio e TV: "De que é feito o ser humano?".
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