Contextualizando

Um caso concreto a demonstrar que o servidor público, mesmo pressionado, vota pela sua consciência

Em 11 de Outubro de 2024 às 09:48

O governador Paulo Dantas comemora, com razão, o avanço do seu MDB no número de prefeituras conquistadas neste ano em relação a 2022.

Mas não pode deixar de considerar, para futuros embates eleitorais, mais uma retumbante derrota em Maceió: o prefeito João Henrique Caldas (PL) foi reeleito com uma histórica diferença (83,25% dos votos) sobre o deputado federal Rafael Brito, candidato do MDB.

Embora, ressalte-se, a opção por Brito foi dos senadores Renans Calheiros (pai e filho) – Dantas internamente defendia o nome do ex-prefeito Rui Palmeira (PSD), eleito vereador.

Paulo Dantas, por sua vez, amarga um resultado decepcionante em ao investir pesado, através da PSB, espécie de partido auxiliar do seu governo, na candidatura do professor Gustavo Pessoa para vereador.

A máquina administrativa do Estado, através de todos os secretários e demais gestores do governo Dantas, deram carga total na campanha de Gustavo Pessoa, que leciona na Ufal e no Ifal, através de contatos pessoais e uso das redes sociais junto aos servidores.

O candidato oficial do governo amargou uma segunda suplência, obtendo apenas 3.340 votos, cerca de 2.500 a menos que Thales Diniz, o último eleito pelo PSB.

Gustavo terminou sendo um exemplo clássico de que o servidor público, inclusive os comissionados e terceirizados, continuam imunes às pressões políticas na hora de exercer o democrático direito de votar.

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