Um ano após o aparecimento das manchas de óleo no litoral do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, representantes da Marinha, acompanhados de uma equipe técnica da Secretaria Executiva de Meio Ambiente do Cabo, realizam uma vistoria entre as praias de Xaréu e Itapuama, na manhã desta quarta-feira (21). Itapuama foi a mais atingida com 500 toneladas de resíduos retirados.
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O intuito foi verificar a situação atual e estudar cenários que possam servir como protocolos futuros em caso de uma nova eventualidade. A primeira mancha de óleo surgiu em Suape, no dia 20 de outubro de 2019.
Os efeitos no ambiente ainda são tratados como indefinidos, mas as sequelas no ecossistema marinho, saúde e economia local são uma certeza constatada, como afirma a Secretária Executiva de Meio Ambiente, Cleidiane de Lemos Vasconcelos. “Redobramos os trabalhos de vistorias, analisando os fragmentos e tentando nos antecipar a possíveis novas ocorrências. O trabalho, que já era feito, foi ainda mais intensificado. Lembramos de tudo que aconteceu, do esforço conjunto de todos para a retirada do óleo e é algo que estará sempre no nosso campo de atenção, agora fazendo um ano, e certamente também no futuro”, comentou.
A secretária também citou os manguezais, que foram afetados, mas em uma proporção menor em relação às orlas. Tidos como controláveis, a ação nos mangues fez parte de uma estratégia definida que contou com uma regeneração natural, ou seja, sem a remoção humana, algo que ocasionaria dano ainda maior.
O Cabo foi o município mais atingido pelo desastre ecológico, com mais de mil toneladas do resíduo de petróleo removidas das praias. O litoral continua a ser monitorado pelos agentes ambientais da Prefeitura, já que não se sabe o quanto de fragmento ainda existe no mar e que danos ambientais isso pode vir a causar no futuro.
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