O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu nesta segunda-feira (22/11) a sexta edição do Teste Público de Segurança (TPS). Até sexta-feira (26/11), especialistas escolhidos da sociedade civil realizarão tentativas de invasão às urnas eletrônicas para avaliar a segurança delas e aperfeiçoar o sistema eleitoral.
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“Estamos em busca de falhas e aperfeiçoamento. O TPS é o momento em que a sociedade colabora com a segurança das urnas para indicar formas de correção. Ele ocorre desde 2009, e traz grande contribuição”, afirmou o presidente da Corte Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, na cerimônia de abertura.
Durante toda a semana, 26 investigadoras e investigadores se reunirão no TSE para aplicar 29 planos de ataque aos equipamentos e sistemas desenvolvidos pelo TSE para serem usados nas Eleições Gerais de 2022. O objetivo do TPS é corrigir, antes do pleito do próximo ano, eventuais vulnerabilidades nos softwares e hardwares que venham a ser identificadas pelos participantes do evento.
Os “hackers do bem”, como chamou o ministro Barroso, tiveram seus planos de ataque aprovados pela organização do TPS 2021. Eles atuarão individualmente, em duplas, trios ou grupos. São pessoas de Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Tocantins, Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo. A participação no teste não é remunerada, mas os inscritos recebem um certificado.
Credibilidade - A credibilidade da urna eletrônica vem sofrendo diversos ataques, desde as eleições de 2018. O TSE tem promovido massivas campanhas de esclarecimento sobre a segurança do voto, a fim de contrapor-se ao movimento “voto impresso e auditável” e às fake news a respeito do sistema.
Em 31 de julho, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), distorceu fatos para atacar a urna eletrônica em uma live no Palácio da Alvorada. Essa é uma das razões pelas quais o mandatário do país é alvo do Inquérito das Fake News, no Supremo Tribunal Federal (STF).