Prejuízos pode somar R$ 567 milhões ao ano, considerando apenas as centrais da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Samu (Crédito: Divulgação)
Uma pesquisa realizada pelo Senado Federal apontou um prejuízo anual de R$ 1 bilhão por ano no país com trotes telefônicos. A projeção da consultoria do Senado partiu de informação do valor de R$ 500 de prejuízo por trote, calculado no Amapá, multiplicado pelo número estimado de trotes no país.
Em Alagoas, o TNH1 fez o mesmo cálculo junto ao Samu - a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros não forneceram números. Diariametne, o Samu receber aproximadamento 1500 trotes telefônicos. Seguindo o cálculo do Senado, caso as 1500 ligações resultassem em saídas com veículo e pessoal, o gasto ficariam ema proximadamento R$ 750 mil por dia.
“Leve em conta que existem ocorrências que precisamos enviar mais de uma ambulância, pedir apoio ao Corpo de Bombeiros e ainda enviamos o helicóptero”, explicou Arnaldo Santos, assessor de comunicação do Samu. Segundo a assesoria do órgão, 75% as ligações recebidas diariamente são trotes.
Senado aponta soluções
De acordo com o consultor legislativo do Senado, Thiago Ivo Odon, a punição criminal não é a mais adequada. “Porque a punição criminal é cara para a sociedade, envolve juiz, polícia, levantamento de provas, contraditório exaustivo, para depois ter uma pena para ser grave para este tipo de conduta”, explica.
Outro especialista do Senado, Marcos Peixoto, defende que campanhas educativas são mais eficazes para reduzir o número de trotes. “Do ponto de vista da prevenção da prática dos trotes, foram mais eficientes as campanhas educativas em escolas com crianças e adolescentes, mas não elimina a prática tendo em vista que adultos mal intencionados praticam o ato”, esclareceu.
Peixoto disse ainda que é necessário que outras medidas sejam tomadas para evitar que as pessoas liguem para enganar esses serviços emergenciais.
“Através de um sistema informatizado o central informa a operadora de telefonia que daquele número partiu um trote, a partir daí aquele número fica bloqueado para realização de novas ligações e o proprietário fica sendo notificado que o número foi usado para infringir a lei do trote, para desbloquearo proprietário do CPF para qual a linha foi cedida terá que ir a empresa de telefonia, ou a empresa poderá realizar um ato educativo com esta pessoa para que a linha seja desbloqueada”, sugere o especialista.
Educação em Alagoas
Em Alagoas, o Samu realiza uma campanha de conscientização de crianças e adolecentes. Em Maceió, o projeto já foi apresentado em mais de 20 escolas e atingiu cerca de 600 estudantes.
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