Tribunal de Justiça inaugura Centro de Conciliação e Mediação ao lado do Fórum da Capital

Publicado em 14/01/2021, às 09h43
Assessoria/TJ AL
Assessoria/TJ AL

Por Assessoria TJ AL

Feliz e orgulhoso foram as palavras que resumiram o sentimento do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, ao inaugurar o Centro de Conciliação e Mediação no penúltimo dia de sua gestão. O local recebeu o nome do advogado Francisco Guilherme Tobias Granja e conta com o Cejusc Pré-Processual, Cejusc Processual, Cejusc Cidadania, 15 salas de mediação e conciliação, gabinete de juiz, banheiros, além de uma sala para o Projeto Justicinha.

''Tenho plena consciência de que o Judiciário é um grande fazedor de paz. Eu acredito nessa política, acho que é o melhor caminho para o Poder Judiciário dar a resposta que a população tanto deseja, uma resposta ágil, humana, sensível e que impõe uma decisão conhecendo profundamente do problema e mais, fazendo com que as partes envolvidas no conflito participem dessa decisão e construam-na juntos. É como se fosse uma solução a seis mãos e isso naturalmente produz muito mais satisfação do que a decisão tradicional imposta goela abaixo das pessoas'', falou o presidente.  

Para o juiz federal André Granja, filho do homenageado, dar o nome de um advogado a uma unidade judiciária é também reconhecer a importância desse profissional para o funcionamento do sistema de Justiça e sobretudo na área da conciliação e mediação, o qual dá suporte técnico para as partes chegarem nos acordos.

''Isso demonstra uma preocupação em exaltar a importância da advocacia nesse movimento voltado a resolução de conflitos através da conciliação e também de resgatar a história de Tobias Granja, que era um advogado e jornalista, homem comprometido com as causas sociais. Ele, inclusive, perdeu a vida em razão do seu ofício como advogado, mas deixou um legado que tem que ser relembrado por Alagoas e o TJAL faz justiça ao resgatar a história de Tobias Granja'', disse.

O juiz José Miranda, coordenador geral do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos e Cidadania do (Nupemec), também falou do orgulho de fazer parte da gestão que priorizou incentivar a mediação e conciliação. ''O lugar é muito maior e terá capacidade de atender mais pessoas. Com isso vai ser mais rápido para encerrar os processos. Você vai ampliar a cultura da paz e automaticamente terminar os processos de maneira mais rápida que é o objetivo de todo o Tribunal'', disse.

A juíza Maysa Cesário, coordenadora do CEJUSC Processual e do projeto Justicinha, explicou que o centro também contará com um local destinado para crianças brincarem e aprenderem sobre os benefícios da conciliação enquanto os pais ou responsáveis participam de audiências.

''As crianças ficarão acompanhadas por uma pessoa responsável e terão acesso ao Projeto Justicinha, no qual a gente trabalha a cultura da paz nos lares, nas escolas. O espaço tem todas as características da cartilha da história ‘O pé das maças douradas’ que diz como você deve ser um mediador em casa, na escola, no trabalho'', contou a magistrada.

O centro é localizado ao lado do Fórum da Capital, no Barro Duro, tem cerca de 300 m². Para a reforma do espaço foram investidos R$ 185 mil do Fundo Especial de Modernização do Poder Judiciário (Funjuris).

Homenageado Tobias Granja

O advogado Francisco Guilherme Tobias Granja nasceu em Palmeira dos Índios, no dia 13 de fevereiro de 1945. Iniciou sua carreira de jornalista e se formou no curso de Direito na década de 60. Trabalhou nas revistas Cruzeiro, Manchete, Fatos e Fotos, Jornal do Rio de Janeiro, Gazeta de Alagoas, O Pulso, Tribuna de Alagoas e Jornal de Alagoas. 

Foi assessor parlamentar do Governo de Alagoas, procurador de Estado de Alagoas e segundo suplente de deputado federal. Foi advogado militante nas áreas penal, civil e eleitoral. Tobias Granja foi assassinado em junho de 1982, aos 37 anos.

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