Três morrem e dois ficam internados após comerem bolo de Natal no Rio Grande do Sul

Publicado em 27/12/2024, às 11h04
Bolo e hospital para onde foram levadas pessoas com suspeita de envenenamento ou intoxicação - Foto: Reprodução
Bolo e hospital para onde foram levadas pessoas com suspeita de envenenamento ou intoxicação - Foto: Reprodução

Por Redação

Um caso suspeito de intoxicação alimentar ou envenenamento atraiu atenções do Brasil inteiro para Torres, uma cidade do Rio Grande do Sul. Por lá, três pessoas morreram após o consumo de um bolo durante uma confraternização de Natal e outras duas, todas da mesma família, seguem internadas em estado grave.

O caso, que está intrigando as autoridades, começou quando a família se sentiu mal após comer o bolo na segunda-feira (23). Eles procuraram atendimento no hospital local, mas, infelizmente, três membros da família não resistiram.

A primeira vítima foi Maida Flores da Silva, de 58 anos, professora aposentada. Além dela, outras cinco pessoas consumiram o bolo. A polícia investiga as causas das mortes, considerando duas hipóteses: intoxicação alimentar ou envenenamento.

Zeli, irmã de Maida, foi a responsável por preparar a sobremesa. Ela também foi hospitalizada e permanece internada. Outras duas vítimas fatais foram Neusa dos Anjos, de 65 anos, e sua filha, Tatiana dos Santos, de 43 anos. Um sobrinho-neto de 10 anos, que também consumiu o bolo, está entre os internados. O marido de uma das irmãs, que também precisou de atendimento médico, já foi liberado.

O velório das vítimas aconteceu em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Parte da família havia se mudado para o litoral norte gaúcho após a enchente de maio, mas, até então, morava em Canoas. A festa foi realizada na residência da irmã que preparou o bolo.

De acordo com Denise Teixeira Gomes, amiga de Maida, o bolo consumido na confraternização de Natal era uma tradição de família. "Era um bolo de reis, que elas sempre faziam. Maida fez um na casa dela e a irmã fez outro, mas foi o bolo da irmã que causou o problema", explicou.

A Polícia Civil está investigando a possível contaminação do alimento e coletando provas. "Encontramos na residência um frasco de maionese vencida há um ano, além de um medicamento que deveria conter cápsulas, mas estava com um líquido branco. Este líquido será periciado", informou o delegado Marcos Vinícius Veloso. Também foi localizado um inseticida pouco característico, que será analisado.

O marido de Zeli, que faleceu em setembro por suposta intoxicação alimentar, também está sendo investigado. A polícia planeja exumar o corpo dele para verificar se existe alguma relação entre as duas mortes.

O caso segue sendo investigado para esclarecer as causas das tragédias e determinar se houve alguma ação criminosa envolvida.

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