Polícia

'Tremenda irresponsabilidade', diz delegado, sobre morte de bebê que caiu de jangada em Pescaria

TNH1 | 22/09/23 - 14h01
Reprodução / TV Pajuçara

O delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito da Capital, deu início às investigações sobre a morte de uma bebê, de apenas dois meses, que caiu de uma jangada no encontro do rio com o mar em Pescaria, bairro do litoral norte de Maceió. Ao Fique Alerta, nesta sexta-feira, 22, Davino informou que os pais da recém-nascida serão ouvidos, mas criticou a atitude dos responsáveis em transportar a bebê e outras duas crianças em uma jangada no mar. 

"Na realidade dá para entender que foi uma tremenda irresponsabilidade. Você ter um bebê de dois meses e ir fazer um passeio em uma jangada, sem a menor segurança, no mar. Olha o que aconteceu. [...]  Identificamos o lugar e os familiares. Eles virão aqui na próxima semana para prestar depoimento, mas o que nos foi passado pelo advogado dos pais é que todos estavam em uma jangada de propriedade do pai da criança que veio a falecer. Durante o transporte, a jangada bateu em algo. As crianças que estavam lá, eram três, entre elas, uma bebê de dois meses. Conseguiram resgatar os dois, mas não localizaram a bebê de dois meses. Chamaram o pessoal, vasculharam tudo, mas não localizaram. À noite, o corpo apareceu na areia da praia em Pescaria".

O caso foi registrado na sexta-feira do dia 15 de setembro. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar chegaram a ser acionados por volta das 17h, mas não conseguiram encontrar, por causa da baixa visibilidade após o anoitecer e das condições desfavoráveis da maré. De acordo com a PM, amigos do casal continuaram as buscas, quando, por volta das 21h30, acabaram encontrando o corpo da bebê, em um trecho do rio que fica por trás de um resort do bairro da Pescaria.  

"Entendo que não existe pena maior do que uma pessoa que perdeu o seu filho e essa perda foi provocada pelos próprios pais. Temos informes, não é certeza, que ele também era pescador. Vamos saber no depoimento dele, que será na próxima semana. Temos obrigação de investigar, concluir o inquérito, mandar ao Ministério Público para que seja feito um processo na Justiça para apurar as responsabilidades. Apesar de que nós, quando concluirmos o inquérito, daremos nossa opinião no relatório", disse o delegado.

Ainda de acordo com Robervaldo Davino, a jangada em que os pais faziam o passeio será fotografada, mas só passará por perícia caso o MP-AL solicite, já que no entendimento dele o acidente não foi provocado pela embarcação. 

Outras testemunhas que estavam na região no momento do afogamento e os policiais militares que atenderam à ocorrência serão chamados pela Polícia Civil para prestarem depoimento na próxima semana.