Na tarde desta segunda-feira (26), o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) deferiu o pedido de reforço das tropas federais para os municípios de São Sebastião, Campo Alegre, Junqueiro, Teotônio Vilela e Matriz de Camaragibe. O pedido de envio das tropas foi formulado pelo deputado federal Arthur Lira, que salientou a necessidade de reforço para garantia da normalidade e segurança na eleição do próximo domingo.
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Sobre São Sebastião, Junqueiro, Teotônio Vilela e Campo Alegre, o deputado narrou que o clima político na região tem se acirrado de forma insustentável, cuja disputa na eleição é comandada de um lado pelo atual prefeito de Junqueiro, e de outro, pela candidata a vice-governadora Jó Pereira, salientando ainda que todos os municípios referidos são conduzidos por membro dos dois grupos políticos, seja situação e/ou oposição.
Em Matriz de Camaragibe, Lira afirma que a localidade é reconhecida pelas tensões políticas acirradas, notadamente neste momento com a assunção ao cargo de prefeito por Fernando Cavalcante, filho do ex-prefeito Cícero Cavalcante. O deputado informa, ainda, que Cavalcante costuma ser acompanhado de forte aparato ilegal de segurança com policiais da reserva remunerada, além de membros armados da Guarda Civil municipal.
“De acordo com o apresentado no pedido de tropas federais, de acirrada e violenta disputa política nas mencionadas localidades, com o sério risco de interferir no livre exercício do voto dos eleitores e eleitoras, de provocar instabilidade no processo de votação e apuração dos resultados, bem como gerar um clima de ameaça que possa resultar em prejuízo irreparável ao processo político democrático, verifico a necessidade, em caráter excepcional, de reforço na segurança das eleições nos municípios”, verificou o desembargador Otávio Praxedes, relator do processo no Pleno do TRE/AL.
O governo do Estado de Alagoas não se manifestou acerca da garantia da segurança nas localidades. As Zonas Eleitorais manifestaram-se favoravelmente ao pedido de força federal, a fim de garantir a segurança e transparência do processo eleitoral em curso, à exceção da 47ª Zona Eleitoral, que consignou ser desnecessária a requisição pretendida, por não haver histórico de atos de violência nas últimas eleições realizadas em Campo Alegre.