Em reunião extraordinária realizada nesta quinta-feira, 30, o colegiado do curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) suspendeu temporariamente as atividades presenciais. De acordo com o colegiado, a suspensão das aulas e do funcionamento do curso é devido à falta de segurança no Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte (ICHCA), onde acontecem as atividades.
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Durante a reunião, uma das professoras do curso relatou que servidores técnicos e até membros da diretoria têm sofrido ameaças e intimidações. Os casos foram classificados como "extremamente graves". As vítimas temem denunciar com medo de represálias.
Ainda segundo a servidora, as ameaças, que seriam feitas por traficantes da região, têm gerado sérios problemas de segurança e medo nos trabalhadores da instituição. A onda de ameaças também tem impactado no funcionamento da universidade.
Sobre a decisão de paralisar as atividades presenciais, o colegiado explicou que ela foi tomada após acontecimentos recentes. A maioria dos servidores técnicos do bloco é composta por mulheres, que estão cobrando da Gestão Universitária medidas efetivas para garantir a integridade física dos profissionais.
O colegiado também solicitou uma reunião imediata com o Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) para discutir soluções imediatas de segurança na universidade.
A reportagem do TNH1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Veja a resposta a seguir.
Leia a nota da Ufal:
A Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em razão dos recentes fatos envolvendo episódios de insegurança no Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), situado no Campus A. C. Simões, em Maceió, informa que já foram adotadas, após reunião com direção, coordenadores de cursos e técnicos, algumas medidas administrativas:
Ampliação de segurança privada no referido instituto, determinação de abertura e fechamento das salas por parte da segurança privada em atuação na universidade, flexibilização dos horários de expediente dos servidores do instituto, além de providenciar a inclusão do tema como ponto de pauta prioritário na primeira sessão do ano do Conselho Superior Universitário (Consuni), a ser realizada na terça-feira, 4 de fevereiro, onde serão discutidas, com todos os conselheiros e conselheiros docentes, técnicos e discentes, novas deliberações a serem realizadas.
Ressalta-se que, por se tratar de uma questão sensível que permeia o campo da segurança pública, fez-se necessária a escuta do Conselho Acadêmico do Instituto, respeitando todo espírito democrático que embasa a Universidade. Na terça-feira (4) a sessão do Conselho Universitário irá expandir a escuta dessa situação para toda a comunidade acadêmica.
A sessão do Consuni será a partir das 9 horas, na próxima terça-feira, 4 de fevereiro, na Sala dos Conselhos, e será presidida pela reitora em exercício, professora Eliane Cavalcanti.
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