Um Caveirão (blindado da Polícia Militar) derrapou em uma ladeira e quase atropelou um morador durante uma operação no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira (15). Ao descer descontrolado, o veículo atingiu 3 carros e 1 moto (veja acima).
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O flagrante foi registrado pelo repórter cinematográfico Betinho Casas Novas.
Caveirao não conseguiu a ladeira.
— Plantão Baixada RJ (@plantaobaixadaa) January 15, 2025
Operação segue firme no alemão pic.twitter.com/ANI0sOaWJ1
À tarde, em entrevista coletiva, o governador Cláudio Castro afirmou que o Estado vai pagar "100%" do conserto dos carros atingidos. Ele classificou a ação dos criminosos, que espalharam o óleo para dificultar a passagem da polícia, como "cúmulo do abuso".
'Caixinha do CV' - Nesta manhã, as forças de segurança do RJ deram início a mais uma fase da Operação Torniquete. Dessa vez, o foco é a “Caixinha do Comando Vermelho”, o esquema de lavagem de dinheiro e de financiamento da facção.
Além do Alemão, os agentes percorreram o Complexo da Penha e tentavam cumprir 13 mandados de prisão — um 14º alvo foi morto em uma disputa de territórios.
Houve confronto armado, e traficantes ergueram barricadas e jogaram óleo no asfalto para impedir o avanço de blindados.
Em outro ponto do complexo, PMs tiveram de usar um maçarico para abrir caminho. Um trilho de trem foi improvisado como cancela e teve de ser partido a fogo. Retroescavadeiras também foram mobilizadas.
Também houve denúncia de invasão de residências. Segundo moradores, agentes estavam verificando celulares e revistando as casas sem autorização judicial.
Confira o balanço parcial:
Suspeita de vazamento - Desta vez, o objetivo é desarticular o núcleo financeiro da facção criminosa. Os alvos são familiares e operadores do fundo da facção conhecido como Caixinha, cujo financiamento é alimentado por diversos crimes que impactam a população, como roubo e furto de veículos e de cargas e extorsão, além da disputa por territórios.
O principal alvo era Edgar Alves de Andrade, de 54 anos, conhecido como Doca ou Urso. Ele tem uma longa lista de crimes nas costas e é responsável por invasões a dezenas de comunidades.
A Secretaria de Segurança apura, porém, se houve vazamento do plano da investida — ainda na noite de terça-feira (14) circulavam informes de que haveria movimentação policial logo cedo. “Mas isso não prejudicou a operação”, afirmou o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi. “Já cumprimos metade dos mandados de prisão.”
As investigações, conduzidas com uso de tecnologia avançada pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro, revelaram um esquema sofisticado de manipulação de valores, — foram 5 mil operações financeiras, totalizando R$ 21 milhões oriundos de atividades ilícitas.
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