Trade local e nacional garantem fluxo habitual das atividades turísticas em Maceió

Publicado em 08/12/2023, às 13h50
Thiago Sampaio / Agência Alagoas
Thiago Sampaio / Agência Alagoas

Por Ascom Setur

Nas últimas semanas, o afundamento da mina 18, da Braskem, tomou repercussão nacional e informações desencontradas sobre a situação têm se espalhado pelas redes sociais. De acordo com diversos órgãos representativos do turismo alagoano e nacional, não há registros oficiais de cancelamentos de viagens ou redução de fluxo turístico na capital.

Durante a Black Friday, Alagoas foi o destino nacional mais vendido da CVC e o segundo da Azul Viagens. Para orientar os turistas sobre a real situação da crise estado, diversas empresas têm se manifestado por canais oficiais com seus clientes.

O CEO da CVC Corp, Fabio Godinho, reforça que o destino segue na preferência dos turistas da companhia. “Maceió é um dos principais destinos de verão do brasileiro e líder em vendas na CVC. O destino se preparou e se planejou para receber os nossos clientes nessa que será a maior temporada de verão dos últimos anos. Além da capital, o Estado de Alagoas também reserva inúmeros atrativos para quem procura um destino de sol e mar imperdível para as férias”, destacou o CEO da CVC Corp.

Para a operadora Viagens Promo, não houve nenhuma alteração na busca por viagens para Alagoas, segundo o diretor da empresa, Roberto Kido. “Ao contrário do que têm se especulado, temos na verdade o aumento na oferta de roteiros para Alagoas. Estamos trabalhando na orientação de alguns clientes que questionam sobre a situação, mas nenhum cancelamento foi efetivado por esse motivo”, explicou o diretor da Viagens Promo.

Segundo a secretária de Estado do Turismo de Alagoas, Bárbara Braga, a principal prioridade do Governo de Alagoas sempre foi a preservação de vidas, resultando na desocupação de toda a região diretamente afetada pelo afundamento do solo. “É crucial abordarmos esta crise com total transparência e responsabilidade nas informações. Claro que reconhecemos a seriedade dos problemas causados pela Braskem, mas é importante não gerarmos uma segunda crise para o estado. A economia local está fortemente envolvida com o setor turístico, desempenhando um papel de uma verdadeira ferramenta de transformação social, gerando emprego e renda para os nossos cidadãos”, esclareceu a secretária de Estado.

Segundo o presidente do Maceió Convention & Visitors Bureau, Milton Vasconcelos, o trabalho no fomento do turismo de eventos da entidade tem focado em esclarecer e informar o que de fato está acontecendo na cidade. “Tivemos recentemente três visitas técnicas de eventos captados e já estamos fechando nosso calendário de eventos para os próximos anos. Isso sem levar em consideração também toda a agenda de eventos sociais e esportivos que agregam e somam ao calendário técnico/científico ", ressaltou Vasconcelos.

Um guia de esclarecimentos foi criado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH-AL) com as principais dúvidas e orientações para os turistas e distribuído digitalmente para operadoras de turismo, agências de viagem, além de hotéis e pousadas. “Estamos trabalhando contra as notícias falsas e procurando esclarecer os fatos, tranquilizando quem deseja vir a Maceió. Estamos atentos e acompanhando tudo de perto, nossa rota é 100% segura, conforme informações fornecidas pela própria Defesa Civil”, reforçou o presidente da ABIH-AL, André Santos.

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Alagoas (Abav-AL), Samuel Silva, relata que há muito pedido de informações sobre as regiões, mas que, até o momento, não foi percebido nenhum movimento de cancelamentos ou adiamentos. “Geralmente, as viagens são compradas com uma certa antecedência, que já observamos ser geralmente de quatro, seis ou oito meses. Quem está visitando Alagoas agora já tem esse pacote quitado há meses e quem compra agora planeja viajar na baixa temporada do ano que vem. Temos trabalhado para esclarecer a segurança do Destino Alagoas para mantermos o nosso fluxo”, finalizou o presidente da Abav-AL.

De acordo com a Secretaria de Estado do Turismo de Alagoas (Setur), o trade turístico da capital, que conta com mais de 3.500 empresas cadastradas no Cadastur, emprega cerca de 20 mil pessoas somente em Maceió. É estimado que outros 60 mil empregos indiretos em atividades que dão suporte ao setor na capital, como pequenas indústrias, comércio local, ambulantes e artesãos alagoanos possam ser prejudicados por uma possível diminuição do fluxo turístico em plena alta temporada.

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