Um grupo de cerca de 30 torcedoras do Corinthians protestou novamente contra o técnico Cuca na noite desta segunda-feira, na porta da sede do Parque São Jorge, num dia em que conselheiros do clube votam a aprovação das contas de 2022.
LEIA TAMBÉM
Criado nas redes sociais, o movimento "Fora Cuca" reuniu torcedoras no último fim de semana, que marcaram o protesto para a noite desta segunda. Antes, na sexta-feira, corintianas também foram à porta do CT Joaquim Grava e se manifestaram contra a chegada do técnico.
O motivo dos protestos é a condenação de Cuca em um caso de violência sexual contra uma menina de 13 anos em 1987, na Suíça, ao lado de outros três jogadores do Grêmio, clube em que atuava na época. O Corinthians, na figura do presidente Duilio Monteiro Alves, diz ter estudado o caso e afirma acreditar na inocência de Cuca.
Time feminino se manifesta - Jogadoras e técnico do Corinthians feminino publicaram no domingo uma nota dizendo que "Respeita as Minas não é uma frase qualquer". Nesta segunda, porém, o treinador Arthur Elias afirmou que o manifesto compartilhado por ele e por todo o elenco não dizia respeito à contratação de Cuca.
Em entrevista antes do jogo contra o Internacional, pelo Brasileirão Feminino, Arthur Elias disse considerar uma "injustiça" o que o treinador e o presidente Duilio Monteiro Alves estão passando com protestos de vários setores da torcida.
No domingo, Duilio Monteiro Alves disse ter tido uma conversa de mais de uma hora com o elenco das mulheres. o elenco após a chegada de Cuca. Nesta segunda, Adilson Monteiro Alves, pai de Duilio e um dos idealizadores da Democracia Corinthiana, defendeu o direito de protesto das atletas.
"A fala delas é completamente louvável. São mulheres, estão aqui dentro e precisam ser respeitadas. Se tinha alguém que precisava ser ouvida, eram elas. São jogadoras do Corinthians. Quando tem que se respeitar as minas, não se respeita. Mais do que justo elas terem feito aquilo", disse Natália, uma das organizadoras do movimento.
"Não vamos sossegar enquanto ele não pedir para ir embora ou o Corinthians não mandar o Cuca embora", reforçou a torcedora.
O caso Cuca - Depois de tirar Fernando Lázaro do cargo, o presidente Duílio Monteiro Alves escolheu Cuca para o cargo, mesmo sabendo que haveria protestos pelo fato de o treinador ter sido condenado num caso de violência sexual na Suíça ocorrido em 1987, ao lado de outros três jogadores quando era do Grêmio.
Na sexta-feira, algumas torcedoras foram ao CT Joaquim Grava para protestar. Cuca, apresentado na sala de imprensa, foi questionado sobre o tema e se defendeu: disse que não é um agressor sexual, que não tocou na garota (que em 87 tinha 13 anos) e que foi condenado à revelia, por estar no Brasil.
O Corinthians, nos bastidores, diz acreditar na inocência do treinador. O clube alega que pesquisou o caso antes de fazer a contratação.
+Lidas