A poucos dias de estrear o show "Elogio à Inveja", em que interpreta apenas canções que gostaria de ter composto, como "Quem Há de Dizer", de Lupicínio Rodrigues, Moraes Moreira, 72 anos, lembrou o processo de composição de clássicos dos Novos Baianos, que, evidentemente, não fazem parte do repertório. "'Preta pretinha' e todo o 'Acabou Chorare'... Porra, bicho, tô meio cansado disso", desabafou em entrevista ao jornal O Globo.
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E prosseguiu: "Fiz até um programa explicando o que é o show para não aparecer um cara lá no meio gritando 'toca Preta Pretinha!'".
Sobre as composições próprias, Moraes lembrou a importância das drogas, especialmente o LSD, no processo criativo daquela época. "Ah, muito LSD. Quando casei com Marília (com quem teve os filhos Davi e Ciça), que foi morar comigo no sítio, ela tinha ganho 200 LSDs de um americano. Ele tinha ouvido que o Brasil era um mercado maravilhoso, que era só chegar no Arpoador. Mas ele foi denunciado e escolheu a Marilia para dar os ácidos. Aí, pronto, era todo dia".
Perguntado quais músicas o grupo compôs à base do ácido lisérgico, o artista respondeu: "'Mistério do Planeta'... Acho que todas, praticamente. Se não foi de ácido foi de fumo. Mas, eu me preocupava em tocar. Foi ali que me aprimorei junto com o Pepeu".
Por fim, Moraes respondeu, sobre uso de drogas atualmente e legalização: "Eu fumo maconha. Não me importo com legalização, porque pra mim já está legalizado, o resto é hipocrisia. Vai legalizar daqui a pouco, agora que o canabidiol já é remédio... Não tem mais como segurar...".
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