Um familiar de Dayvisson Souza Paes, de 35 anos, que faleceu em um acidente de trânsito na noite desse sábado (04), no bairro Cidade Universitária, em Maceió, pediu que justiça seja feita e que o motorista do veículo envolvido no acidente responda ao processo preso.
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"Estamos vendo ações jurídicas contra ele. Saber quem é ele. Que a justiça seja feita. Porque ele foi pego em flagrante delito, é inafiançável, não cabe fiança. Estava alcoolizado, se recusou a fazer o teste de bafômetro e foi conduzido para a delegacia", desabafou Diógenes Paes, tio da vítima.
Dayvisson Souza Paes conduzia uma motocicleta e transportava uma criança, quando foi atingido por um motorista, que confessou ter ingerido bebida alcoólica. De acordo com informações do soldado Rocha, do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), testemunhas afirmaram que Dayvisson transitava por uma rua que fica ao lado do Hospital Universitário, quando o condutor de uma Amarok tentou fazer uma ultrapassagem e colidiu frontalmente com a moto.
"Ele [Dayvisson] foi pai há 21 dias. Foi levar o enteado dele na casa dos familiares da mulher dele, no Village Campestre 2. Entrando depois do HU, ele se deparou com a Amarok invadindo a faixa contínua, em alta velocidade e na contramão. Pegou de frente. Ele não teve reação nenhuma, a pancada todinha foi no tórax, no motor da Amarok. O menino amorteceu nas costas dele. Segundo testemunhas, ele [motorista] saiu do carro, olhou, entrou no carro para ver se o motor funcionava. Como o motor não funcionou, a população caiu em cima dele, para ele não fugir", contou o tio.
(Foto: Cortesia)
"A criança que ele estava transportando, estava com capacete. Ele estava na faixa, correto. Era enteado dele. O menino está tranquilo. Teve uma fratura no dedo, ficou no HGE. O pai da criança ficou lá. E ele foi para o IML. Não teve nem frenagem para você ter ideia", completou Diógenes.
Segundo familiares, o sepultamento de Dayvisson Souza Paes seráno final da tarde deste domingo, no Cemitério Parque Maceió.
"Ele trabalhava em call center. Fazia técnico em turismo no IFAL. Estava empolgado, muito alegre... Outros planos. Não tinha bebido. Tinha saído do trabalho. Foi pegar o menino só para deixar em casa e depois retornar para casa para dar assistência à mulher e ao filho... Passar o final de semana com eles. E aconteceu isso aí", lamentou o parente.
De acordo com o Diógenes Paes, a família deseja justiça e prisão para o condutor do veículo. Indenizações e outros tipos de situações serão estudados pelos familiares.
"A família não constituiu advogado ainda. Vamos pressionar a Secretaria de Segurança Pública para que ela não cometa um ato de injustiça. Neste sentido que ele fique e permaneça preso. Ele foi pego em flagrante, se recusou a fazer o teste de bafômetro, não foi linchado por causa de uma guarnição da Polícia Militar que estava na hora. Se recusou, estava embriagado, o carro dele numa potência muito grande. Foi isso que aconteceu. Ele assumiu o risco de causar um acidente. O advogado pode colocar como crime culposo, mas como ele assumiu o risco, porque ele bebeu, é um crime doloso. Não cabe fiança. Ele tem que permanecer preso, responder o processo preso. É isso o que a família deseja. O que acontecer depois, a gente não sabe. Outras situações cabíveis, a gente vai tomar. Quando deixar a poeira baixar um pouco, vamos ver o que tem direito. Indenização, pensão por morte para o filho, para a esposa. Isso a família está resolvendo. Fora o calor emocional... Nessa hora a gente tem que ser frio para não agir emotivamente", afirmou.
"O que eu desejo é justiça, mais nada. O que vai confortar a família é justiça. O resto a gente faz", encerrou.
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