Polícia começa a ouvir depoimentos das testemunhas do acidente que provocou a morte de quatro militares (Crédito: TNH1 / Arquivo)
Uma testemunha ocular do acidente aéreo que provocou a morte de quatro militares no último dia 23, ouvida nesta terça-feira (29) pela polícia, revelou que o helicóptero apresentava fumaça, antes mesmo de cair, em uma região próximo ao aeroclube, na Santa Lúcia.
Os depoimentos foram dados nesta manhã, ao delegado Acácio Júnior, que também pretende ouvir militares do Grupamento Aéreo.
Josefa Marcolino da Silva disse que quando avistou a aeronave, estava em seu estabelecimento, um salão de beleza, e avisou às clientes para que saíssem, pois achou que o helicóptero iria cair em cima do imóvel.
Outra testemunha, Hugo Santana, revelou que tentou prestar socorro a uma das vítimas. Ele informou que chegou ao local poucos instantes depois da queda do helicóptero e teria conseguido segurar a bota de um militar, que foi arremessado dentro de um carro. “Infelizmente, naquela hora, um outro militar que estava chegando ao local pediu que eu saísse, porque as munições estavam estourando e seria um risco”, disse.
Santana ainda informou que, até aquele momento, o fogo estava concentrado apenas nos pneus do veículo. “Se eu tivesse com mais duas pessoas, conseguiria tirá-lo de lá. Não sei se ele estaria vivo hoje, mas teria retirado”, lamentou.
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Também ouvida nesta manhã, Rosineide Maria, apresentou detalhes do momento anterior ao impacto. Ela disse que estava em casa quando ouviu um barulho alto, semelhante ao de “um motor lento” e avistou a aeronave fazendo uma manobra, o que teria impedido que o desastre tivesse sido maior. “Infelizmente foram as vidas deles, mas com certeza eles salvaram muitas outras. Eles não tinham como se salvar”.
Rosinedei ainda informou que não se ouviu barulho de explosão, somente do impacto e do fogo se alastrando rapidamente.
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