Testemunha aponta onde estaria enterrado o corpo de pedreiro assassinado (Crédito: Victor Farias/TNH1)
Atualizada às 18h37
Durante o julgamento do ex-cabo da Polícia Militar Luiz Pedro, Laércio Pereira, uma das testemunhas de defesa que prestou depoimento, na tarde desta quarta-feira, afirmou que o corpo do pedreiro Carlos Roberto Rocha dos Santos, estaria enterrado nas imediações do açúde da Coca Cola, no bairro Tabuleiro, parte alta de Maceió.
O depoimento de Laércio também exime de culpa o ex-cabo Luiz Pedro. Ele afirmou que quem mandou matar Carlos Roberto foi um homem identificado como Gilson, dono de um mercadinho, localizado no Benedito Bentes. Laércio travalhava como vigilante em um dos redsidenciais de Luiz Pedro.
Segundo o promotor Carlos David Lopes, o Ministério Público Estadual observou várias contradições nos depoimentos das testemunhas e mantém o mesmo argumento. "Havia uma organização criminosa em que o líder, o mentor, era Luiz Pedro.
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Já a defesa do ex-vereador, disse que esse crime tem motivação política. "A liderança de Luiz Pedro inveja muita gente. É estranho que a acusação tenha sido feita no período eleitoral".
Depoimento do réu
Luiz Pedro inicia seu depoimento ao juiz e nega todas as acusações. "Nunca vi esse rapaz", disse Luiz Pedro se referindo à vítima. "Eu estava em minha residência no dia do crime. Só soube da morte pela televisão quando estavam me acusando. A mídia só queria saber de mim, eu era deputado. De lá até hoje só foi pancada. Como uma pessoa que construiu mais de 8 mil casas pode fazer uma coisa dessas? Pergunte a esse povo todo que está aqui se essa história de que eu mando mantar é verdade" - desafiou.
"Eu fui na casa de seu Sebastião para saber quem foi quem matou o filho dele. Para saber se foram pessoas minhas. O seu Sebastião queria alguém para dar jeito no filho dele, mas como o rapaz era maior de idade, não dava para ir para o meu projeto, que só aceita meninos de 12 a 17 anos", disse Luiz Pedro.
O réu disse ainda que os recursos para construir os conjuntos vêm de contribuição da água, por cada morador. O erro, segundo Luiz Pedro, foi ir para a casa do seu Sebastião, e ir saber sobre o caso na delegacia.
Perguntado se comprara voto nas eleições em que participou, Luiz Pedro rebateu: " A Heloísa [Helena] e eu somos os únicos que não compram votos, porque o resto tudinho que estão lá, compram votos", disse antes do intervalo da sessão.
Antes que a sessão fosse retomada para a fase de debates entre os dois lados, o advogado de defesa, José Fragoso, teve uma crise hipertensiva e solicitou a suspensão do julgamento, que deve recomeçar às 8h desta quinta-feira (24).
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