Um histórico de cárcere privado, subjugamento total das companheiras e violência contra os enteados, incluindo abusos sexuais e suspeita de homicídio. Foram estes os pontos apresentados pelo promotor Rodrigo Soares, do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), em coletiva realizada na manhã desta terça (28), sobre a investigação acerca de José Roberto de Morais, padrastro e principal suspeito na morte de Danilo Almeida, de 7 anos.
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“Ele tem todos os traços de um psicopata. A princípio, é isso que nós percebemos. Agora, quem deve chegar a uma conclusão com precisão é a perícia psiquiátrica”, explicou Soares. Além do caso envolvendo Danilo, o promotor falou de supostos abusos ocorridos em relações anteriores de José Roberto. “Apuramos um caso em Arapiraca, do abuso de uma enteada, e que ele mantinha a família em cárcere privado. Outras duas ex-companheiras narravam situações parecidas”, disse.
Na coletiva, Rodrigo Soares esclareceu ainda que o MP-AL pedirá pena máxima para o acusado. “Somadas, as penas totalizam 66 anos de prisão. É o que nos esperamos, a pena máxima para esse bárbaro crime hediondo, praticado por meio cruel”, afirmou o promotor. “Aguardamos que ele seja julgado pelo tribunal do juri”, completou.
Detalhes chocaram promotoria
De acordo com o inquérito que chegou até Rodrigo Soares, o acusado não tolerava atrasos e por isso teria se irritado com a criança, que foi levar os talheres para ele depois da esposa deixar seu almoço, momentos antes. "Não foi premeditado, mas após cometer os crimes, o padrasto aproveitou que estava em um ambiente fechado para lavar a criança, o que dificultou o trabalho da perícia. Agiu sozinho, sem a ajuda de ninguém. Não temos dúvida, mesmo ele não assumindo o que fez", constatou o promotor.
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