Os coordenadores do Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros) e da Defesa Civil de Maceió visitaram a família que anunciou o retorno para um imóvel em área de risco, em virtude da não conclusão das negociações sobre a realocação. A casa fica na Rua Manoel Menezes, no bairro do Pinheiro, e consta na Versão 4 do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. Técnicos da Defesa Civil ainda devem concluir as vistorias.
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Ronnie Mota, coordenador do GGI dos Bairros, explicou que a visita ocorreu para que a família fosse ouvida pelo Município, buscando, assim, uma compreensão da decisão familiar e suas circunstâncias. “A casa está numa área do Mapa 04 que já havia sido realocada. Ao mesmo tempo que a notícia nos causou estranheza, também no causou preocupação. Afinal de contas, o imóvel já foi descaracterizado com a retirada de telhados, portas e portões. O prédio já havia até sido tamponado”, disse.
De acordo com os irmãos Roberto, Arnaldo e Vicente Menezes, as negociações entre eles e a mineradora Braskem, apontada pelo Serviço Geológico do Brasil como a causadora dos problemas de afundamento do solo pela mineração de sal-gema em área urbana, começou há nove meses.
O coordenador geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, informou que, desde o último sábado (16), quando o órgão tomou conhecimento da situação, equipes de sua diretoria operacional e social têm mantido diálogo permanente e diário com os irmãos Menezes.
“Nós temos ido ao local com diversas equipes. Há diálogo aberto pela nossas equipes da diretoria social e há vistorias sendo realizadas pelo nosso operacional e pelos técnicos do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta. Quando os trabalhos técnicos forem concluídos, iremos orientar a família sobre o caso e tomar todas as medidas cabíveis nesse sentido”, esclareceu o coordenador.
Abelardo Nobre informou também que, apesar do anúncio da família de que vai morar novamente no local, isso ainda não ocorreu.
“Durante nossa visita, constatamos que algumas pessoas estão trabalhando numa reforma do imóvel e que há uma cama com colchão no local, mas ainda não foram restabelecidos o fornecimento de água e energia elétrica, além do que ainda não há nada que caracterize que a casa voltou a ser habitada. Por isso é que nosso técnicos ainda não concluíram a vistoria sobre essa situação”, emendou.
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