O técnico Oliveira Canindé está empolgado para começar os trabalhos no CSA para a temporada de 2016. Previsto para chegar no Mutange no início de novembro, o comandante azulino conversou com a imprensa na última quinta via redes sociais, e traçou o perfil do elenco para o ano que vem.
Canindé também deixou um recado: “o jogador pode até ser bilheteria, mas ele precisa jogar e ir para dentro dos caras, porque se não for ele vai sentar no banco”. O treinador, que tem uma boa passagem pelo CSA em 2014, quando chegou às quartas de final da Copa do Nordeste, falou ainda sobre reforços e a especulação do meia Didira, do ASA.
Confira alguns dos assuntos tratados por Oliveira Canindé no bate papo com a Imprensa:
Contrato com o CSA
Oliveira Canindé: meu contrato em si terá duração de seis meses, e a partir daí a gente vai ver o que vai acontecer. Mas a tendência é que nós continuemos e espero que tudo dê certo.
Comparação com o time do ano passado
Oliveira Canindé: a cara do time será diferente, o time é totalmente diferente. São caras novas e a gente tem trabalhado para que as coisas aconteçam e que os nomes sejam exatamente as características que queremos para fazer um time competitivo, que honre a camisa do CSA e que cada atleta que chegar saiba a história do clube e o que será cobrado deles.
Sua saída em 2014 (para o América-RN durante o Campeonato Alagoano)
Oliveira Canindé: lamentei muito porque tive que sair. Era uma questão profissional, mais do que financeira até. Era uma grande oportunidade para mim, até porque eu trabalho só, não tenho empresário e tenho que aproveitar as oportunidades. O time estava bem montado, jogando um futebol vistoso e tive que sair, mas infelizmente fomos penalizados porque esperavámos que o time fosse campeão mesmo assim, pois teria a empolgação do novo treinador. Esperei que as coisas acontecessem e não aconteceram. Mas espero que essa ‘dívida’ que ficou eu possa pagar da melhor maneira possível. Eu queria voltar e espero que a gente faça um grande trabalho.
Possibilidade de deixar o CSA durante a temporada
Oliveira Canindé: tem alguns torcedores com o pé atrás, (se perguntando) se eu vou largar a equipe, mas podem ficar despreocupados que isso não acontecerá. Acima de tudo quero formar uma equipe que dê orgulho ao torcedor. O pé atrás é normal, mas sei que eles têm respeito ao clube e ao meu trabalho. O amor do torcedor ao clube é maior do que qualquer coisa que possa trazer transtorno ao clube.
Comparação do elenco que está sendo formado com o de 2014
Oliveira Canindé: esse grupo que está sendo formado é muito bom. A gente espera sempre ver os trabalhos para ver se ‘dá liga’. Naquela equipe passada os jogadores se conheciam, eram amigos, se ajudavam, acreditavam na filosofia de trabalho e fizeram com que as coisas acontecessem. Agora é um outro momento e espero que essa equipe seja tão boa ou melhor do que aquela.
Jogadores que trabalharam com o técnico no CSA em 2014
Oliveira Canindé: dos que estão chegando poucos trabalharam no futebol alagoano. Comigo então não tem ninguém (que trabalhou com ele no CSA em 2014), mas o que queremos é que esses atletas tenham a consciência de quem para eles estão trabalhando, como trabalharão e como serão exigidos. São atletas conscientes, que trabalharam em grandes equipes. Outros têm muita qualidade e totais condições de vestir camisas de grandes clubes do Brasil. Por isso a gente traz eles para que não sintam peso de trabalhar numa equipe com grande torcida.
Perfil do elenco que será montado
Foto: Paulo Victor Correia/TNH1
Oliveira Canindé: a equipe terá um perfil brigador, independentemente de quem chegue. Não estou atrás de jogador de nome, eu quero jogador que brigue e honre a camisa do CSA, que se identifiquem comigo quando eu jogava. Espero que seja dessa maneira, pois se não for assim não vai agradar a torcida e nem vai me agradar.
Tratamento com jogador ‘bilheteria’
Oliveira Canindé: ele pode até ser bilheteria (que atrai público ao estádio), mas ele precisa jogar e ir para dentro dos caras, porque se não for vai sentar no banco. Nenhum atleta é maior que o CSA. Ele está chegando a um clube que é centenário, então tem que respeitar. Se ele quiser jogar, vai ter que se dedicar. Não tem essa de jogador chegar e eu ter obrigação de escalá-lo. Vai jogar quem estiver bem.
Avaliação sobre contratações
Oliveira Canindé: alguns nomes foram indicação minha e os outros foram em consenso. Alguns atletas já trabalharam comigo, outros de acompanhá-los, outros por indicação, outros por conhecermos e sabermos que têm condições de vestir a camisa do CSA. Tudo o que é feito é em consenso.
Especulação sobre o meia Didira, do ASA
Oliveira Canindé: é um jogador interessante, mas está trabalhando e num momento decisivo. Isso tira o foco do atleta, então é melhor esperarmos para vermos o que está por acontecer. Vai chegar nomes interessantes, vocês vão gostar também. A gente espera que independente de nome, sejam atletas que se identifiquem com o clube e façam com que a gente consiga os objetivos que queremos.
Outras informações
Até o momento a diretoria azulina só confirmou para a temporada 2016 o goleiro Jeferson, que retorna ao clube após passagem no Coruripe, e cinco jogadores da base: o lateral-esquerdo Acácio, os volantes Sorim e Romário, e os atacantes Pilar e Damião. Mais reforços devem ser confirmados a partir da semana que vem.
No total, o CSA já tem 20 pré-contratos assinados e o elenco deve ter entre 30 e 32 jogadores, sendo cinco da base. A pré-temporada, prevista para acontecer no Mutange, está inicialmente marcada para 15 de novembro.
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Atual elenco do CSA:
Goleiros: Jeferson (ex-Coruripe);
Laterais-direitos:
Zagueiros:
Laterais-esquerdos: Acácio (base e ex-Portimonense-POR)
Volantes: Sorim (base e ex-Central-PE) e Romário (base e ex-Araripina-PE);
Meias:
Atacantes: Damião (base e ex-Picos-PI) e Pilar (base e ex-base do Grêmio-RS);
Técnico: Oliveira Canindé
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