Começa nesta segunda-feira (12) o julgamento dos três acusados de matar o menino Rhaniel Pedro Laurentino, de apenas 10 anos, em maio de 2021. A criança foi encontrada morta com marcas de violência no bairro do Clima Bom, na parte alta de Maceió. A mãe, o padrasto e o irmão do padrasto começam a ser julgados hoje por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável. O juiz José Braga Neto é o responsável por conduzir este júri.
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O julgamento acontece após dois adiamentos, devido ao advogado de defesa de dois réus, Raimundo Palmeira e o promotor de Justiça Tácito Yuri, terem sido infectados pelo coronavírus e testado positivo para a doença, em datas anteriores, o que inviabilizou a realização do juri.
Foto: Ascom MPE |
De acordo com a polícia, Rhaniel foi morto por espancamento e um objeto foi introduzido em seu corpo para fazer com que a investigação entendesse de que teria ocorrido violência sexual. Inclusive, um preservativo foi deixado na calçada onde o corpo foi abandonado, porém apenas o material genético do menino foi identificado.
"A expectativa é a melhor possibilidade. Estamos repleto de provas, a acusação está robusta e não deixa margens para a defesa", adiantou o promotor de justiça que vai atuar no caso, Ary Lages, em entrevista ao Balanço Geral, nesta manhã.
Relembre o caso - O menino Rhaniel Pedro Laurentino da Silva foi encontrado morto com sinais de violência e abuso sexual no dia 13 de maio de 2021, em uma calçada na região próxima da casa onde morava, no bairro Clima Bom, parte alta de Maceió. Na ocasião, a própria mãe de Rhaniel deu entrevistas falando que a criança sumiu após sair de casa para uma aula de reforço escolar. O caso teve forte impacto na sociedade alagoana e ela chegou a receber homenagem do CSA na final do Campeonato Alagoano daquela temporada - Rhaniel era torcedor do clube. Os jogadores entregaram a faixa com a frase "Eternamente em nossos corações - Rhaniel Pedro" aos familiares da criança e deram um abraço simbólico em Ana Patrícia.
Mais de seis meses depois, a investigação do assassinato do pequeno Rhaniel chegou ao fim com as prisões da mãe da criança e do irmão do padrasto dela. A mulher, segundo os delegados, pesquisou sobre homicídio, pornografia, violência sexual contra crianças e formas de desovar o corpo antes do dia 12 de maio, quando o menino foi morto.
Ana Patrícia levantou suspeita de participação no assassinato depois de ter vendido a bola que recebeu de presente durante a homenagem para o menino na final do Campeonato Alagoano deste ano. Segundo a polícia, ela cobrou R$ 1,5 mil para comercializar o item simbólico, o que fez as autoridades perceberem que a mãe não tinha muito apego pelo garoto.
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