Dois Riachos: suspeitos de estupro usavam dinheiro pago pela vítima para comprar drogas

Publicado em 20/03/2025, às 16h28
Delegado Rubens Barros, que está à frente do caso - TNH1
Delegado Rubens Barros, que está à frente do caso - TNH1

Por Gabriel Amorim

O caso de um estupro contra um homem de 27 anos, em Dois Riachos, no Sertão de Alagoas, ganhou mais um capítulo. Na tarde desta quinta-feira (20), o delegado Rubens Barros, que está à frente do caso, revelou que a vítima era amiga dos dois suspeitos e que, durante algumas bebedeiras, chegou a pagar a eles para ter relações sexuais.

O crime aconteceu na madrugada da última terça-feira (18) em uma residência da cidade. Os amigos estavam bebendo quando decidiram ter relações sexuais. A vítima, no entanto, não quis e foi violentada pelo trio.

Em depoimento à polícia, os familiares relataram que relações sexuais entre eles já eram comuns depois das farras. Algumas vezes, a vítima pagava as suspeitos para fazer sexo.

Segundo informações dos familiares da vítima, esses elementos são acostumados a fazerem farras durante a noite, inclusive com a participação da vítima, e nessas farras eles costumam praticar sexo — revelou o delegado Rubens Barros.

Ainda de acordo com o delegado, uma testemunha relatou que o dinheiro pago pela vítima era usado para comprar bebidas alcoólicas e outras drogas.

— Eles [suspeitos], muitas vezes, receberam para ter relações sexuais com a vítima. Então, a vítima pagava para esses amigos dela para terem relações. E, segundo uma testemunha, esse dinheiro era usado para comprar droga e bebida.

Após o estupro, a vítima voltou ensanguentada para a casa da família. O homem foi levado a um hospital de Arapiraca, mas já teve alta.

Ameaças impediram prisão em flagrante

O delegado contou ainda que, após o crime, os suspeitos voltaram a beber e ameaçaram a vítima, os familiares dela e as pessoas envolvidas no socorro para que o caso não fosse denunciado à polícia.

A demora para a denúncia chegar aos policiais impediram a prisão em flagrante dos suspeitos, que fugiram horas depois. A suspeita é de que partiram para Pernambuco.

Eles continuaram na farra, ameaçando a família da vítima e as pessoas que socorreram a vítima. Falaram que, se chamasse a polícia, quando saíssem os matariam. Isso prejudicou, porque se tivesse feito a denúncia durante a manhã, nós teríamos condições de realizar a prisão em flagrante desses elementos, que, segundo informações, evadiram em direção ao estado de Pernambuco.

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