Suspeito de receber auxílio-doença indevido é ouvido pela PF em Alagoas

Publicado em 18/08/2022, às 13h34
Foto: Reprodução
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Por TNH1 com Ascom PF

Um homem, que não teve a identidade divulgada, foi ouvido pela Polícia Federal, em Maceió, sob suspeita de receber indevidamente um benefício de auxílio-doença. O suposto caso foi identificado durante as investigações da Operação Trickster, que foi deflagrada em Alagoas e mais três estados na manhã desta quinta,18. De acordo com informações da assessoria de comunicação da PF em Alagoas, o suspeito estaria recebendo indevidamente o benefício há mais de  2 anos. Ele prestou depoimento, em seguida, foi liberado pelos policiais.

A OperaçãoTrickster tem como objetivo de investigar grupos criminosos destinados a fraudar a Previdência Social. Além do estado alagoano, os policiais federais cumprem 22 mandados de busca e apreensão na Bahia, em Goiás e no Distrito Federal. A 10ª Vara Federal do Distrito Federal expediu ainda um mandado de prisão preventiva contra um dos membros do bando.

Ainda pela manhã de hoje, a assessoria da PF em Alagoas confirmou que houve apreensão de documentos e de um celular no único mandado judicial cumprido na capital alagoana. O material recolhido será encaminhado ao DF.  Até o momento, ninguém foi preso no estado.

Fraudes na Previdência Social -  Os investigadores descobriram que, entre os anos de 2018 e 2022, um médico perito federal juntamente com o ex-sócio, concorreram para inserir indevidamente dezenas de dados e atestados médicos falsos nos sistemas informatizados do INSS, com o intuito de obter fraudulentamente benefícios previdenciários por incapacidade para si mesmos, familiares, sócios e outras pessoas próximas. Há ainda a suspeita de participação de um ex-estagiário da Agência do INSS de Taguatinga.

A ampla maioria dos benefícios suspeitos foi de auxílio-doença, com longos períodos de afastamentos. Identificou-se que a maior parte das perícias foram antecipadas para que o médico federal investigado atendesse os beneficiários fora da agenda. Via de regra, realizava-se apenas uma contribuição, com recolhimento em data muito próxima ao requerimento do benefício. Alguns investigados, inclusive, apresentavam atestados com a mesma comorbidade, em datas quase coincidentes. Apurou-se que diversos atestados teriam sido emitidos pelos mesmos médicos assistentes, mas com claros indícios de fraude.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de até R$ 1.143.686,86 (um milhão, cento e quarenta e três mil, seiscentos e oitenta e seis reais e oitenta e seis centavos) das contas do médico perito federal, para ressarcimento do prejuízo gerado aos cofres públicos, além da suspensão da função pública, sequestro de bens, proibição de sair do país, pagamento de fiança no valor de R$150 mil ou uso de monitoramento eletrônico. Os pagamentos de todos os benefícios suspeitos também foram bloqueados judicialmente.

A deflagração da ação conjunta evitou o prejuízo aproximado de R$ 593 mil, considerando a data de cessação dos benefícios e a expectativa de vida dos segurados, calculado a partir das Tabelas de Mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Justiça Federal determinou o bloqueio de até R$ 1.143.686,86 (um milhão, cento e quarenta e três mil, seiscentos e oitenta e seis reais e oitenta e seis centavos) das contas do médico perito federal, para ressarcimento do prejuízo gerado aos cofres públicos, além da suspensão da função pública, sequestro de bens, proibição de sair do país, pagamento de fiança no valor de R$150 mil ou uso de monitoramento eletrônico. Os pagamentos de todos os benefícios suspeitos também foram bloqueados judicialmente.

A deflagração da ação conjunta evitou o prejuízo aproximado de R$ 593 mil, considerando a data de cessação dos benefícios e a expectativa de vida dos segurados, calculado a partir das Tabelas de Mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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