por Eberth Lins
Publicado em 17/01/2025, às 12h54
A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) informou não ter mais dúvidas sobre a autoria do assassinato de Winderlan Douglas Oliveira Félix, 29 anos, o Derlan, um jovem recém-casado que foi morto a tiros na Rua Coronel Paranhos, no bairro Jacintinho, em Maceió, em setembro de 2024.
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Nesta sexta-feira (17), o delegado Arthur César, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o suspeito estava foragido, mas foi preso no estado de Minas Gerais. Trata-se de um jovem de 18 anos suspeito de uma série de crimes na capital alagoana.
"Ele já tinha sido citado há bastante tempo, mas as testemunhas, infelizmente, não traziam muitas informações que o ligassem ao crime. Mas durante a investigação surgiram provas contra ele, a gente pediu a prisão porque sabia que se tratava de uma pessoa de alta periculosidade. Ele fugiu de Maceió, foi para o interior, para a cidade de Atalaia. A gente conseguiu apreender o carro dele, provavelmente o carro usado no crime, e depois disso ele fugiu para o estado de Minas Gerais, onde foi preso numa abordagem de rotina", detalhou o responsável pela investigação em entrevista ao Fique Alerta, da TV Pajuçara.
Agora, a polícia alagoana aguarda a chegada do suspeito para avançar com a investigação e descobrir a motivação do crime. "É um mistério ainda a motivação pra gente, estou aguardando algumas demandas judiciais e periciais para verificar essa situação, tanto para deixar mais robusta a questão da autoria, quanto o descobrimento da motivação", disse o delegado.
O suspeito, segundo a autoridade policial, é considerado de alta periculosidade e tem participação em outros crimes. "Ele tem ligação com Vale do Reginaldo e age em um grupo de extermínio de rivais. Ele é citado em uma série de atentados, especialmente na parte baixa da cidade", frisou.
O caso - Derlan tinha se casado na Capelinha do Jaraguá horas antes de ser morto e voltava de um ensaio do grupo de bumba meu boi que fazia parte quando foi surpreendido na via e baleado mesmo depois de tentar fugir do atirador. Um amigo dele também foi atingido pelos tiros e morreu em seguida no Hospital Geral do Estado (HGE), onde estava internado. A autoria dessa última morte, no entanto, não é atribuída ao jovem e sim a um policial à paisana que teria confundido a vítima com um ladrão ao ser surpreendido com o tiroteio nas proximidades do posto de combustíveis.