Um dos grandes problemas de Maceió, assim como de grandes aglomerados urbanos no Brasil inteiro, é a mobilidade urbana.
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No caso de Maceió, o próprio poder público municipal contribui para isso com ações contrárias e desestimulantes à circulação de veículos, com o estreitamento de vias em áreas bastante movimentadas, a exemplo da orla de Ponta Verde e, mais recentemente, Pajuçara - o afunilamento do tráfego na Praça dos Sete Coqueiros é o caso mais evidente..
Nas Avenidas Sandoval Arroxelas e Siqueira Campos a redução do leito dessas vias para implantação de ciclovias (muito pouco utilizadas, diga-se de passagem), ou para circulação de carros de coleta de lixo em horários de pico, prejudica a movimentação de veículos e, no caso da Siqueira Campos, atrapalha o acesso a dois hospitais, ao Estádio Rei Pelé e a um cemitério.
Outra ação deliberada tem sido a redução sistemática de estacionamentos na orla, desestimulando a sair de casa boa parte da população que utiliza veículo próprio para se locomover.
Já por omissão, a Prefeitura contribui para prejudicar o trânsito ao permitir que ônibus e vans façam fila dupla em frente aos hoteis da parte baixa da cidade, para embarque ou desembarque de passageiros, situação que se agrava na alta temporada de verão, como a que estamos vivenciando agora.
E a tendência infelizmente é piorar, tendo em vista a especulação imobiliária que transforma rapidamente o perfil de moradias nos bairros considerados mais nobres, com a implantação de edifícios de apartamentos em substituição a casas - o espaço onde mora uma família passa a ser moradia de 30, em média.
"Ah, mas a mobilidade urbana tem de privilegiar as pessoas, não os veículos", hão de dizer alguns, alegação que em parte procede, embora um bom planejamento possa perfeitamente resolver essa questão.
Por que, por exemplo, em relação à orla marítima, não se utiliza o espaço ainda disponível para expansão da área de circulação de pessoas, nem que em determinados trechos se implante a chamada "engorda" utilizada em boa parte do litoral brasileiro?
É inadmissível também reduzir as vias da orla para implantar ciclovias, como acontece em Pajuçara e Ponta Verde, pois das praias do Pontal da Barra a Jacarecica a própria prefeitura instalou esse tipo de equipamento, por vários quilômetros, desde as gestões de Cícero Almeida e Rui Palmeira.
Por comodidade ou vaidade, boa parte dos ciclistas prefere circular em paralelo aos carros.
Ficam aqui as sugesões de alguém que não é especialista, apenas usuário, para tornar a mobilidade urbana em Maceió - expressão tão na moda ultimamente - mais prática do que teórica.
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