Com o impedimento do promotor Alfredo Gaspar de Mendonça de continuar à frente da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Alagoas, a palavra que deve marcar sua sucessão é continuidade.
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As declarações do governador do Estado, Renan Filho, nesta quinta (10), e a opinião de gestores de órgãos da Segurança ouvidos pelo TNH1 indicam que o nome que deve suceder Gaspar no cargo após a sua exoneração vai estar entre os que já compõem a mesa de situação, ou seja, entre os que ocupam cargos de chefia dentro da pasta.
Renan Filho falou hoje, durante inauguração da escola Rodrigues de Melo, que a prioridade do governo é manter as ações do atual secretário. "Nós vamos acatar com firmeza e serenidade a decisão do STF, para encontrar uma saída que permita, em primeiro lugar, a manutenção de tudo o que vem dando certo. A escolha vai ser manter o padrão", afirmou.
Ele elogiou o trabalho de Alfredo Gaspar e disse que seu sucessor deve ser "alguém capaz, determinado e 100% dedicado, para levar adiante as conquistas que tivemos na Segurança Pública".
Bastidores
O TNH1 também conversou por telefone com três dos quatro nomes apontados nos "bastidores" como possível sucessor do então secretário, mas todos negaram ter sido convidados oficialmente para o cargo.
O atual comandante da Polícia Militar, coronel Paulo Domingos Lima Júnior, o diretor-presidente do Detran/AL e presidente do Conselho Estadual de Segurança, Antônio Carlos Gouveia, e o secretário Executivo de Segurança Pública, coronel Vinícius Pinheiro, disseram ainda não ter recebido nenhum convite do governador Renan Filho.
Antônio Carlos Gouveia, afirmou que o governador terá alguns dias para tomar a decisão, mas, como fez para escolher Alfredo Gaspar, deverá consultar os órgãos envolvidos. “Não vi nenhuma indicação de convite pelo governador até o momento. Ele terá um prazo legal após a publicação do acórdão com a decisão do STF sobre a participação de membros do Ministério Público em cargo do Executivo”, explicou Antônio Carlos.
Já o coronel Vinícius foi um pouco além. Ele explicou que qualquer membro da mesa de situação, ou seja, qualquer integrante da cúpula da SSP, pode ocupar o cargo quando ficar vago. “Todos que ocupam cargos de chefia dentro da SSP podem se tornar o secretário, para assim dar seguimento ao trabalho desenvolvido pelo secretário Alfredo, mas isso quem decide é o governador que entende de governabilidade”, concluiu.
A reportagem também tentou entrar em contato com o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, outro nome citado como possível secretário, mas ele não atendeu as ligações.
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