O alagoano Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, mantém uma convivência do tipo “entre tapas e beijos” com o governo Lula.
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Uma dessas fases “tapas” tem a ver com a sucessão do próprio Lira na presidência da casa legislativa.
Seu sucessor será eleito e empossado em fevereiro do próximo ano, mas as divergências entre as partes estão em andamento, como explica o jornalista Cláudio Humberto Roda e Silva em sua coluna diária:
“Lula escalou ministros para, publicamente, desconversar e até negar influência do Planalto na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara dos Deputados. Mas, na prática, não é assim. O chefe da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia e articulador político ‘trans’, vetou apoio ao deputado Elmar Nascimento (União-BA).
Até sinalizou a Lira essa posição em reunião na última semana. Trata-se de uma briga paroquial na Bahia: Elmar e Jerônimo (PT), o governador, não se bicam.
Elmar é adversário do PT no Estado, mas os petistas não perdoam sua lealdade a Jair Bolsonaro, de quem era aliado e para quem pediu votos.
No Carnaval, Elmar até foi recebido por Jerônimo em almoço no Palácio de Ondina. Mas só porque ele estava com Lira e outros deputados.
O rolê em Ondina foi um gesto de Arthur Lira para prestigiar e fortalecer Elmar e desestimular hostilidades. Se insistir, o Planalto pode perder.”
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