Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou ao TNH1 que sabia que o estudante de direito Sinezio Ferreira da Silva Júnior, de 33 anos, cujo corpo foi encontrado no último sábado, dia 4, respondia processo por homicídio qualifificado quando o contratou como estagiário, no dia 15 de março de 2021, na gestão anterior da pasta. O órgão explicou que o contrato de dois anos, que venceria neste mês, só teria sido assinado pelo fato de Sinézio ainda não ter sido condenado pela Justiça, o que lhe garantiria cumprir o estágio.
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Na nota, a SSP ressalta que o estudante era bem avaliado pelo bom desempenho em suas tarefas. "cumpria suas funções com atenção e zelo", diz trecho da nota da SSP enviada ao TNH1. Veja abaixo, na íntegra.
“O estudante de Direito iniciou seu contrato na gestão anterior da Secretaria de Segurança Pública, mais precisamente no dia 15 de março de 2021. Ele inclusive era bem avaliado e cumpria suas funções com atenção e zelo, sendo que seu contrato seria encerrado este mês, depois de dois anos de vigência. Vale salientar que para estagiar na SSP os antecedentes criminais são levantados, como o estudante não tinha sido condenado teve todo o direito de efetuar suas funções.”
O crime - De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no dia 15 de setembro de 2012, Paulo Henrique dos Santos Silva foi assassinado a tiros, em Ipioca, no momento em que saía do banheiro de um bar. Sinézio e Paulo Henrique, segundo a denúncia, seriam desafetos. Sinézio o havia jurado de morte desde o dia em que Paulo teria pedido emprestado a bicicleta do padrasto de Sinézio e depois teria vendido o objeto. Ainda de acordo com os autos, as investigações policiais descobriram que o crime teria sido encomendado por Sinézio, que teria comprado uma pizza para comemorar a morte de Paulo Henrique. "A autoria é certa mediante os depoimentos das testemunhas, colhidos durante a fase investigativa, principalmente a oitiva do genitor e do irmão da vítima, que fornecem detalhes acerca do crime", diz o MPE sobre a autoria.
O caso - Sinézio Ferreira desapareceu no dia 15 de fevereiro, quando saiu motocicleta, no bairro da Serraria, para encontrar um amigo no bairro do Benedito Bentes para pegar um chip de celular. Após denúncia anônima, a moto usada por ele foi encontrada, em um rio, na última sexta-feira (3) no litoral norte de Maceió. No dia seguinte, o corpo dele foi encontrado às margens da Lagoa Mundaú, no Pontal da Barra, mas só foi identificado pelo órgão no domingo, 4, por meio de exame de arcada dentária.
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