"Sou safadão nas horas certas", diz Wesley Safadão

Wesley Safadão é como a letra daquele sucesso que ele emplacou ao lado da dupla Marcos e Belutti: 99% anjo, perfeito, mas aquele 1%, não tem jeito, é vagabundo. Só que as fãs não devem comemorar. Isso não é sinal de que o cantor está disponível no camarote, só tomando gela.

Marido de Thyane Dantas e pai de dois filhos, ele hoje é muito mais o Wesley Casadão do que o Wesley Safadão. "Sou safadão nas horas certas, mas muito romântico também. Sou casado e amo minha família", garante.

Se dedicar a uma só mulher e não interpretar na vida pessoal os personagens das músicas que canta é até algo positivo para Wesley na atualidade. Assim, sobra pouco tempo para distrações. Vivendo o melhor momento da carreira, ele aproveita esse perfil familiar para focar na ampliação do sucesso estrondoso que atingiu em 2015.

A fama e a exposição em nível nacional que fizeram o músico passar de uma estrela regional para assumir o posto de grande revelação da música nacional em 2015 integram um processo inédito na nossa história. Até porque, parte da fama de Safadão é resultado indireto de memes e montagens na internet, prática que popularizou a imagem de Wesley antes das músicas para muitas pessoas.

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Se fosse vaidoso, Safadão poderia enxergar algum tipo de problema nisso. Mas ele garante que leva tudo na boa, já que quase sempre é alvo do bom humor e não da ridicularização. E ele acredita na admiração de quem cria e dissemina esse material nas redes.

— Acho o maior barato. Me divirto e considero muito criativo. Admiro mesmo.

Muitas das montagens ainda trazem o músico com o visual antigo: cabelo liso e solto. Hoje, Safadão aparece em público apenas de coque samurai. Por conta dessa mudança, já até disseram que Wesley teria vergonha do visual antigo. Mas o cantor jura que é muito desprendido para agir assim.

— Na verdade, só prendi o cabelo por uma questão de praticidade mesmo, devido à correria. Não tenho vergonha nenhuma. Me orgulho muito de minha história em todos os sentidos.

Com toda essa exposição e o sucesso viral, Safadão viu 2015 ser o melhor ano de sua carreira até aqui. Para não deixar passar essa data em branco, gravou um DVD grandioso em Brasília. O show atraiu 40 mil pessoas.

A multidão foi tão grande que faltou cerveja para todo mundo e alguns fãs saquearam o bar do estádio Mané Garrincha. Mas, apesar do incidente, isso não manchou o resultado final da gravação, que promete ser uma das mais modernas da música popular brasileira.

— Todo mundo gosta de ver um show bonito, com tecnologia, bom repertório. Sempre procuramos levar uma apresentação para estrada com a qual o público se impressione.

A fase positiva também incentivou o surgimento de boatos sobre o cachê de Safadão. Algumas fontes garantem que atualmente o músico chega a tirar R$ 500 mil por show, o que abriria uma disputa no mercado com Jorge e Mateus, dupla com maior cachê no momento. Mas também já foram publicados números mais modestos, como R$ 200 mil. Wesley, porém, não abre o jogo sobre o valor. E ainda lança um balde de água fria sobre essas especulações.

— As pessoas pensam que ganho muito mais do que ganho. Não daria para me aposentar e viver apenas tomando gela e bebendo Ciroc pelo resto da vida, não.

A marca de vodca Ciroc, aliás, ganhou bastante exposição após a inserção na música Camarote, um dos sucessos de Safadão no ano. Apesar da propaganda gratuita, o cantor garante que não foi chamado para fazer uma campanha da bebida, que é voltada para um público elitizado, mas também faz sucesso nos shows de forró hoje em dia. Mas se essa parceria não foi cogitada, gravações com cantores de todos os estilos é uma realidade para Safadão. Hoje, ele já deve estar próximo do recorde de Nicki Minaj, cantora que mais acumula parcerias nos Estados Unidos, atualmente.