Saúde

Sobe para 13 o número de mortes por dengue em Alagoas; casos suspeitam se aproximam de 18 mil

TNH1 | 24/07/24 - 15h00
O vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti | Foto: Freepik

A dengue segue causando mortes em Alagoas, que já soma 13 óbitos confirmados provocados pela doença. Os casos fatais foram registrados em Maceió e em mais nove cidades do interior. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau),  até a Semana Epidemiológica 29 de 2024, foram notificados 17.865 casos suspeitos de dengue, dos quais 10.305 foram confirmados. 

As cidades que já confirmaram mortes por dengue são  Atalaia (1), Viçosa (1), Porto de Pedras (1), Rio Largo (1), Maceió (4), União dos Palmares (1), Murici (1), Craíbas (1), Teotônio Vilela (1) e Arapiraca (1).

Há ainda 20 mortes suspeitas da doença e em investigação laboral nos municípios de Boca da Mata (1), Porto Calvo (1), Atalaia (2), Barra de São Miguel (1), Piaçabuçu (1), São José da Laje (1), Maceió (2), Pão de Açúcar (1), Arapiraca (1), São José da Tapera (1), União dos Palmares (2), Porto Real do Colégio (1), Pilar (1), Matriz do Camaragibe (1), Delmiro Gouveia (1) e Teotônio Vilela (2).

 Conforme a Sesau, no mesmo período do ano passado foram notificados 4.939 casos, dos quais, 3.070 foram confirmados, com um óbito confirmado no município de Maceió.

Veja como identificar e tratar a dengue

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações - dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
  • vômitos persistentes;
  • acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • hipotensão postural e/ou lipotímia;
  • letargia e/ou irritabilidade;
  • aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;
  • sangramento de mucosa; e
  • aumento progressivo do hematócrito.

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas acima de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.